“Melhoramos o rating da EDP porque esperamos que as suas métricas de crédito vão fortalecer”, justificou ontem a S&P – a única das três principais agências de notação (além da Moody’s e a Fitch) em comunicado.
“A melhoria vai decorrer de uma redução material da dívida através dos encaixes realizados com as vendas significativas e bem valorizadas [da Naturgas e da Portgas] assim como de um desempenho operacional mais forte, sobretudo da EDP Renováveis. Temos também uma opinião favorável da estratégia de simplificação do grupo, com a redução da participação de minoritários na EDP Renováveis e despesas de caixa limitadas”, argumentou a S&P.
Na OPA feita sobre a filial, concluída na sexta-feira, a EDP comprou mais 5% da EDP Renováveis, pelo que passou a controlar um total de 82,56% da EDP Renováveis. A operação foi vista como potencialmente favorável para os títulos da EDP Renováveis e como positiva para a capacidade da EDP de reduzir a sua dívida.
A agência de notação financeira norte-americana recorda que a EDP alienou, no primeiro semestre do ano, 3 mil milhões de euros de ativos de distribuição de gás detidos em Portugal e Espanha (Naturgas e Portgas), o que também irá permitir à empresa liderada por António Mexia reduzir a sua dívida à eléctrica reduzir a sua dívida.