Quando se começou a prefigurar a perda da hegemonia do FC Porto no futebol português, todas as campainhas soaram no gabinete de Pinto da Costa.
Este contratou então um ambicioso treinador espanhol a quem deu carta-branca (até construiu uma torre no campo para ver os treinos de cima) e gastou rios de dinheiro na construção de um plantel de luxo. Uma equipa integrando Danilo, Alex Sandro, Casemiro, Óliver Torres, Herrera, Brahimi, Quaresma, Jackson Martinez, Cristian Tello, etc., parecia chegar e sobejar para ser campeã. Mas não foi. E no ano seguinte Lopetegui seria recambiado.
O Porto, que sempre fora um exemplo de estabilidade, entrava em roda livre.
À fase traumática de Lopetegui seguiu-se um equívoco chamado José Peseiro. E a este sucedeu um treinador que tinha passado pela casa: Nuno Espírito Santo.
Percebendo ao que ia, Espírito Santo quis seduzir a massa associativa e prometeu “um Porto à Porto”. Para o ilustrar, fez um desajeitado boneco com três pernas onde referia as características que os jogadores do Porto deveriam ter – que, afinal, não eram mais do que as de qualquer outro clube…
Entretanto, o desespero de Pinto da Costa ia aumentando. Ele desejava sair da presidência em beleza. Dera tudo ao espanhol para este lhe dar o título, mas perdera. E de ano para ano as coisas pioravam. O velho presidente nem queria imaginar sair do clube pela porta dos fundos.
Este ano, após novo desaire, foi chamado um treinador ainda mais portista, mais raçudo, mais sôfrego de ganhar. Mas que, por via do ‘malfadado’ fair play da UEFA, não pôde entrar na loucura das compras e teve de ir aos ‘restos’, de olhar para jogadores dispensados como Ricardo Pereira, Aboubakar, Hernâni ou Marega.
Só que o futebol é pródigo em surpresas, e nada nos diz que este FC Porto ‘poupadinho’ de Conceição não possa ganhar o campeonato, depois de o FC Porto ‘rico’ de Lopetegui o ter perdido.
O que não faz mesmo sentido é o ‘Porto à Porto’, em que Sérgio Conceição insiste.
E porquê? Porque a identificação total entre os jogadores e o clube vem do tempo em que o plantel do Porto tinha uma maioria de jogadores nascidos e criados na Invicta. Era gente ali formada, com amor ao clube e à cidade: Paulinho Santos, João Pinto, Fernando Couto, André, Domingos, Sérgio Conceição, Vítor Baía.
Ora, esse tempo romântico passou. Hoje o futebol é jogado por mercenários, que agora estão aqui e amanhã ali. Por marroquinos, camaroneses, mexicanos, uruguaios, brasileiros… Que não sabem o que é a mística do Porto, ou de qualquer outro clube. Que jogam por dinheiro e não por amor à camisola.
Por isso, o FC Porto tem de arranjar outro slogan, outra motivação. O ‘Porto à Porto’ pertence a uma época que não volta.
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