“Farpões Baldios” é o grande vencedor do 25.º Curtas Vila do Conde

“Farpões Baldios” é o grande vencedor do 25.º Curtas Vila do Conde


Na edição em que se comemoraram os 25 anos das Curtas de Vila do Conde o Grande Prémio do júri internacional foi para um filme português: “Farpões, Baldios”, que marcou a estreia na realização de Marta Mateus.


“Farpões, Baldios”, de Marta Mateus, foi o filme vencedor do Grande Prémio da Competição Internacional da edição dos 25 anos das Curtas de Vila do Conde, que terminam na noite deste domingo com a exibição dos filmes premiados. Decisão unânime entre os jurados, que encontrou entre a seleção de filmes portugueses uma "qualidade média superior à da internacional", adiantou ao i o espanhol Pela del Álamo, membro do júri composto ainda por Nicole Brenez, Dennis Lim, Georges Schoucair e o português António Preto, programador para a área do cinema do Museu de Serralves. O filme que marca a estreia de Marta Mateus na realização tinha tido a sua estreia internacional na última edição de Cannes, na paralela Quinzena dos Realizadores.

"É um prémio do qual estamos orgulhosos como júris", disse ainda ao i Pela del Álamo, realizador e diretor do CurtoCircuito – Festival Internacional de Cine, de Santiago de Compostela. "Estamos muito contentes por no 25.º aniversário das Curtas entregar este prémio a um filme português, além disso feito por uma mulher, de uma forma natural, como algo espontâneo e honesto, não como um exercício forçado."

Ainda na Competição Internacional, foram premiados “Les Îles”, de Yann Gonzalez (melhor filme de ficção), “O Peixe”, do brasileiro Jonathas de Andrade (melhor documentário) e o sueco "My Burden", de Min Börda, na categoria de melhor filme de animação. O nomeado do festival de Vila do Conde para os European Films Awards foi “Los Desherdados”, da espanhola Laura Ferrés. 

Na Competição Nacional, o prémio de Melhor Filme foi para "Où En Êtes-Vous, João Pedro Rodrigues?", autorretrato encomendado ao realizador de "O Ornitólogo" (Leopardo de Prata em Locarno) pelo Centro Pompidou de Paris, a propósito da retrospetiva dedicada a toda a sua obra no final do ano passado. E com "Os Humores Artificiais" que levou à competição das curtas da última edição do Festival de Berlim, de onde saiu também nomeado para os European Films Awards, Gabriel Abrantes venceu o prémio de Melhor Realizador da Competição Nacional. 

O Melhor Filme da Competição Experimental foi “From Source to Poem”, segunda vitória consecutiva para Rosa Barbas nesta secção cujo júri decidiu atribuir ainda uma menção honrosa a “Fajr”, filme de 12 minutos que o espanhol Lois Patiño foi rodar ao deserto de Marrocos. Os prémios do público foram, na Competição Internacional, para a curta iraniana “Retouch”, de Kaveh Mazaheri, e, na Competição Nacional, com o patrocínio da Sociedade Portuguesa de Autores, para uma animação: “Surpresa”, de Paulo Patrício.

(em atualização)