Golfe. Ricardo Santos sobe 404 lugares no ranking

Golfe. Ricardo Santos sobe 404 lugares no ranking


Ricardo Santos melhorou hoje (segunda-feira) 404 lugares no ranking mundial, para o 694º posto.


Ricardo Santos melhorou hoje (segunda-feira) 404 lugares no ranking mundial, para o 694º posto.

Foi a subida mais acentuada do campeão nacional desde 2013 e ficou a dever-se a ter amealhado 5,2 pontos pelo seu 2º lugar de ontem no Hauts de France Golf Open, um torneio do Challenge Tour, a segunda divisão europeia, de 200 mil euros em prémios monetários.

O profissional do Victoria Clube de Golfe não somava tantos pontos para o ranking mundial desde os 5,88 referentes ao 7º lugar no Omega Dubai Desert Classic de 2013, um torneio do European Tour, a primeira divisão europeia.

Aliás, na carreira do português que chegou a ser 137º do Mundo, este 2º lugar alcançado no Aa Saint-Omers Golf Club, em Lumbres, é o seu sétimo melhor pecúlio pontual, que continua a ser liderado pelos 18 pontos da sua estrondosa vitória no Madeira Islands Open BPI de 2012.

Ricardo Santos discute com Ricardo Melo Gouveia e Filipe Lima o estatuto de melhor golfista português de sempre mas não vence um torneio nos dois principais circuitos europeus desde exatamente esse sucesso no Clube de Golfe do Santo da Serra, embora em circuitos menos importantes colecione vários títulos, como, por exemplo, dois neste ano civil do Portugal Pro Golf Tour e outro do PGA Portugal Tour.

Sentia-se desde o final da época passada, desde que falhou os seus objetivos na Final da Escola de Qualificação do European Tour, que Ricardo Santos estava a subir de rendimento, mas que ainda não tinha alinhado quatro voltas seguidas a um nível elevado.

Havia sempre uma ou duas voltas que estragavam os muitos bons dias que estavam a surgir de novo: 69 e 64 na Turquia, mas depois 73 e 74; 71 e 69 no Open de Portugal@Morgado Golf Resort, mas depois 74 e 77; 71 na Áustria, mas depois 73 e 75 nos dias seguintes…

Desta feita, tudo foi diferente, quem sabe se por ter levado como amuleto – melhor dizendo, como caddie – o presidente da PGA de Portugal, José Correia, igualmente gestor do projeto Team Portugal.

O certo é que neste Hauts de France Golf Open somou quatro voltas abaixo do Par, de 71, 68, 69 e 70, para um agregado de 278 pancadas, 6 abaixo do Par, que o deixaram empatado no 2º lugar com o escocês Jack Doherty e o italiano Lorenzo Gagli, a 1 escassa pancada do vencedor, o francês Julien Guérrier, que conquistou o seu primeiro título no Challenge Tour. João Ramos também disputou o torneio mas falhou o cut no 147º lugar, com 160 (82+78), +18.

No Quénia e na República Checa, Ricardo Santos já tinha adicionado quatro voltas abaixo do Par, mas os resultados gerais foram excelentes e as suas classificações foram “apenas” de 16º, respetivamente com -8 e -10. Em França, bem pelo contrário, pela 12ª vez nos últimos 18 anos o vencedor nem chegou às -10, o que valoriza ainda mais o triunfo de Filipe Lima em 2016 com -9.

Filipe Lima é o único bicampeão da prova, mas quando em 2004 venceu o então Aa St. Omer Open (-5) era também um torneio do European Tour e isso permitiu-lhe ascender pela primeira vez na sua carreira à primeira divisão europeia.

Já no ano passado, ao conquistar o chamado Najeti Open (-9), foi “apenas” um título do Challenge Tour. Contudo, foi um momento fulcral na época do português residente em França e catapultou-o para o top-15 da Corrida para Omã, ajudando-o a subir ao European Tour no final da temporada.

É esse efeito de trampolim, de rampa de lançamento que Ricardo Santos poderá ter conseguido com este 2º lugar em França e os 16 mil euros que embolsou – o seu prémio mais elevado desde o 20º lugar no Open de Itália de 2015 –, traduzidos em pontos, elevaram-no ao 14º lugar da Corrida para Omã (era 47º), ou seja, dentro do tal top-15 que no final da temporada ascende ao European Tour.

«Saio confiante e satisfeito com este resultado, não foi desta mas será da próxima! Joguei muito bem as quatro voltas e a parte do jogo mais forte esta semana foi sem dúvida o jogo curto. Quero deixar aqui um agradecimento especial ao José Correia por ter vindo comigo esta semana, foi uma ajuda bastante importante», escreveu o duplo campeão nacional (2011 e 2016) na sua conta no Facebook.

Quanto ao ranking mundial, a subida ao 694º posto deixa o jogador da PressPeople a apenas 14 posições de Pedro Figueiredo, o 3º melhor português nesta tabela, enquanto bem mais à frente estão Filipe Lima (em 409º) e Ricardo Melo Gouveia (em 258º).

Esta semana, Pedro Figueiredo está em casa a treinar para depois regressar em julho ao Pro Golf Tour (terceira divisão europeia), onde é o 3º classificado na Ordem de Mérito; Ricardo Santos não está inscrito no torneio do Challenge Tour na Dinamarca (onde vão jogar João Ramos e Tiago Cruz) e aparece fora da entrada direta no evento do European Tour que se realiza em Munique, onde, em contrapartida, vão competir Ricardo Melo Gouveia e Filipe Lima.