Na Assembleia da República teremos uma discussão muito revelante a pedido do PSD que coloca um projeto de resolução sobre a base das Lajes. Como se sabe, no tempo da administração Obama, havia uma intenção do departamento de defesa norte americano de diminuir a dimensão desta base militar e ir retirando a sua presença nos Açores. Com esta nova administração Trump, houve uma inversão de políticas. No entanto, desconhece-se em que medida é que as negociações vão correr entre o Estado português e os Estados Unidos e o PSD exige saber mais sobre esta questão. Será também interessante ouvir o PCP e o Bloco de Esquerda, na medida em que têm sido constantemente contra a presença quer da NATO quer dos Estados Unidos, na Base Militar.
O segundo tema de relevância na AR, prende-se com um conjunto de iniciativas quer de vários partidos quer do governo no que diz respeito a uma agilização da capacidade dos cidadãos poderem votar em atos eleitorais. Há uma proposta concreta para que possa ser facilitada a possibilidade de voto antecipado, sendo que o caminho se está a abrir é no sentido do voto eletrónico. Na próxima terça-feira, na Assembleia da República, por iniciativa da Associação Para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de Informação, irá haver uma conferência sobre o voto eletrónico. Poderá ser muito revelante no futuro do sistema eleitoral português quer para as eleições presidenciais, europeias e legislativas.
No campo internacional, logo no início da semana Donald Trump recebe o presidente turco, Erdogan, que tem vindo a criticar a administração norte americana pela alegada entrega de armas a curdos sírios. Iremos ver como é que esta visita irá decorrer até porque logo a seguir a essa visita Trump irá deslocar-se, numa visita de Estado, à Arábia Saudita. Na véspera da chegada do presidente norte-americano, esta semana teremos também eleições no Irão. O atual presidente Hassan Rohani irá confrontar-se com um outro candidato forte, Ebrahim Raisi que é, de facto, mais conservador. Todos estes processos eleitorais terão efeitos no acordo nuclear que foi estabelecido há menos de dois anos entre vários países à escala global incluindo o Irão.
Deputado
Escreve à segunda-feira