Surto de sarampo: sete casos em crianças e 13 em adultos, dos quais nove profissionais de saúde

Surto de sarampo: sete casos em crianças e 13 em adultos, dos quais nove profissionais de saúde


Direção-Geral da Saúde acaba de atualizar o balanço da epidemia que já vitimou uma adolescente. Há 21 casos confirmados e 15 em investigação


A Direção Geral da Saúde atualizou esta tarde informação sobre a epidemia de sarampo. Permanecem confirmados 21 casos e 15 encontram-se em investigação. Ao todo há sete crianças afetadas e 13 adultos com mais de 20 anos. Nove são profissionais de saúde.

Doze pessoas que contraíram a doença não estavam vacinadas, entre as quais dois profissionais de saúde. A jovem de 17 anos que não resistiu à doença também não tinha completado as duas doses da vacina.

A investigação epidemiológica dos casos de sarampo prossegue e a informação será atualizada em conformidade, adianta a DGS.

Entre as crianças que contraíram sarampo, quatro tinham menos de um ano de idade (ainda não tinham feito a primeira dose da vacina) e as três restantes têm entre um e quatro anos.

A última orientação divulgada pela DGS assinala que a nível nacional, a cobertura vacinal, ou seja, a proporção de vacinados contra o sarampo na população é muito elevada (98% para a primeira dose e 95% para a segunda dose). Por esta razão, e também pela imunidade de grupo, a probabilidade de propagação do vírus é muito reduzida, incluindo em meio escolar.  

“A imunidade de grupo resulta do efeito de proteção indireta da população quando a grande maioria está vacinada. Assim, o vírus não encontra “terreno” para circular e provocar doença.

Por outro lado, também se compreende que a imunidade de grupo protege toda a comunidade, nomeadamente as poucas crianças que, por circunstâncias específicas, não estão vacinadas. grupo, a probabilidade de propagação do vírus é muito reduzida, incluindo em meio escolar”, reforça a DGS.  

A DGS diz que não há razões para temer uma epidemia de grande magnitude no país, numa vez que a larga maioria das pessoas está protegida. Mas são clarificadas as diretrizes às escolas.

– no ato de matrícula e sua renovação deve ser verificado se a vacinação recomendada está em dia; se não estiver, os pais devem ser aconselhados a ir ao centro de saúde para atualização das vacinas.

– perante a existência de contacto com algum doente em fase de contágio, é indicada a vacinação. Caso algum  membro da comunidade escolar o recuse, aconselha-se o afastamento temporário da escola, nomeadamente a não frequência da instituição durante 21 dias após o contacto.

Uma pessoa com o vírus do sarampo é contagiosa entre 2 e 4 dias antes que a erupção apareça e continua a sê-lo até ao seu desaparecimento. Mesmo que algum contacto tenha sido exposto durante a fase de contágio, se tomar a vacina a manifestação da doença pode ser mais ligeira.