Neymar não foi para o Real Madrid “porque Sandro Rosell subornou o pai dele”, acusa empresário

Neymar não foi para o Real Madrid “porque Sandro Rosell subornou o pai dele”, acusa empresário


Delcir Sonda, homem forte do Grupo Sonda, que detinha 40 por cento do passe do jogador, acusa o clube, o jogador e o pai. 


"A última vez que falei com o pai de Neymar foi quando ele veio até mim com Wagner Ribeiro para tentar comprar a nossa percentagem do passe de Neymar por cinco milhões. Isso fez-me suspeitar de que já havia um clube interessado", referiu em entrevista ao jornal As de Madrid. 

"Esse clube era o Real Madrid, que foi o primeiro a interessar-ser por Neymar. E Neymar disse que sim. Ele até realizou os exames médicos numa clínica de um amigo meu. O Real Madrid estava disposto a pagar a cláusula de 65 milhões, e até mais dez milhões. Mas ele não acabou no Real Madrid porque Sandro Rosell, para ser claro, subornou o pai de Neymar. Foi um crime de corrupção. Primeiro deu-lhe 10 milhões de euros, que justificou como um "empréstimo", e depois no julgamento negou tudo, dizendo que o Barça era um clube de futebol e não o Banco Santander", acusa o empresário brasileiro ligado ao fundo DIS que detinha 40 por cento do pase.

Delcir Sonda revela que o negócio se faz com o Barcelona, equipa que o Neymar ainda defrontou pelo Santos, na final do Mundial de Clubes, sendo já jogador e cobrando dinheiro ao clube catalão.

Por isso, o responsável do Grupo Sonda colocou o Barcelona e Neymar em tribunal, para ser indemnizado pelos 40 por cento que detinha do passe no valor total da transferência, e não nos 17 milhões que Neymar e o Barcelona declararam ao Fisco.

O empresário revela ainda que Neymar pediu uma soma astronómica para ficar no Santos com 18 anos. "Ele ainda não tinha jogado um minuto com a equipa profissional, nem sequer era profissional. Então nós pagamos dois milhões de euros a Neymar. Isso significava que ele ia ganhar o correspondente a 18 anos de carreira com o salário que recebia na altura. Independente de ele se lesionador, de deixar o futebol ou de não não chegar ao topo por más companhias, nós pagávamos logo dois milhões de euros", recorda.

"Atravessámo-nos com isso e ficámos com 40 por cento do passe. A partir de então, comecei a olhar para ele como se fosse um filho. Tomei conta da família dele, para que não lhe faltasse nada. Estavam sempre em minha casa, tinham um camarote no meu barco, iam aos churrascos que fazia na minha quinta, paguei-lhes férias em Londres e Jerusalém para que conhecessem o mundo e até coloquei duas pessoas a cuidar deles", continuou. 

"Quebrou-me o coração que Neymar diga que não me conhece. Como pode dizer isso? Para mim só há uma explicação: a influência do pai. Desde o início, o pai exerceu uma má influência sobre ele. O pai de Neymar é, como dizemos no Brasil, um vagabundo. Um pedreiro que graças ao seu filho enriqueceu da noite para o dia. A avareza daquele homem vai levá-lo por maus caminhos. Desde o início que se aproveitou de Neymar", defende o empresário.