Charros e cogumelos mágicos


Quando se questionarem sobre as razões para termos cada vez mais movimentos radicais de extremistas (sejam de esquerda ou de direita), uma das razões reside no fato de a social-democracia estar pejada de pessoas obtusas como o senhor Jeroen Dijsselbloem.


Sim, este senhor só pode ser obtuso! Uma personagem desprovida de inteligência, rude, ou simplesmente estúpido. Ou então estava sob o efeito de drogas.

Pode ser só também um ressabiado que liberta este espasmo cerebral em virtude da derrota eleitoral que o seu partido sofreu na semana passada.

Qualquer que seja a justificação ou adjetivação aplicada uma coisa é certa: este senhor não faz falta à Europa.

Nenhuma altura é boa para proferir barbaridades como as que proferiu. Mas fazê-lo numa altura em que as clivagens entre povos europeus se agudiza no rescaldo de uma das piores crises que há memória é, no mínimo, triste.

A arrogância e a insolência que demonstrou não têm espaço na Europa que desejamos. Como presidente do Eurogrupo e corresponsável por muitas das medidas aplicadas durante o período de austeridade aos países do sul e, em particular, a Portugal, é imoral acusar o povo português de gastar o seu dinheiro em copos e mulheres. É de uma insensibilidade e uma obtusidade que só cria mais clivagens e mais ódios entre povos.

Mas deixe que lhe diga senhor Jeroen: nós por cá vamos andando e bem melhor do que no seu país onde, graças a pessoas obtusas como o senhor, se arriscaram a ter um governo de extrema-direita. 

Não senhor Jeroen, a nossa vida por cá não se resume a copos e mulheres. Em primeiro lugar porque não somos machistas ao ponto de vulgarizar as mulheres. E depois senhor Jeroen, demos a volta às medidas que o grupo que o senhor preside ajudou a impor e hoje somos um caso de sucesso. Quer pelos números alcançados, quer pela solução governativa criada que o deve certamente intrigar, ou então, não teria enviado em janeiro último um grupo de militantes do seu partido para tentar aprender como funcionava a “geringonça”. Como já esperava uma pesada derrota nas eleições da semana passada deve ter querido vir à procura de um milagre. Está claro que não aprenderam nada mas, estou certo que devem ter bebido uns bons copos e aproveitado e disfrutado do nosso magnífico tempo e da nossa maravilhosa capital.

Se de mim dependesse a melhor resposta que lhe poderíamos dar era convidá-lo a vir a Portugal (com tudo pago por nós) para disfrutar dos excelentes vinhos que por cá fazemos, para conhecer um povo trabalhador e tolerante que nunca vira a cara à luta, e que ajudou a reconstruir a europa (incluindo no seu País). Avisá-lo, contudo, para vir preparado para ficar por cá (à semelhança de muitos compatriotas seus que ficaram e foram bem-vindos). E por último, na eventualidade de ter dito o que disse sob o efeito de drogas, era sugerir que, se quisesse, trouxesse uns charros e uns cogumelos mágicos que por cá ainda não estão legalizados. Um grande bem-haja amigo Jeroen e por cá o esperamos!

 

Escreve às quintas-feiras