O grupo chinês HNA, também acionista da TAP, tem estado a negociar a compra de um arranha-céus em Nova Iorque, nos EUA. Em questão está um negócio de 2,21 mil milhões de euros.
De acordo com a imprensa, o valor em questão tem tudo para ser um dos mais elevados de sempre no respeita à compra de um edifício em Manhattan, ainda que se fale de 158 mil metros quadrados.
Mas afinal quem são?
O grupo HNA foi criado em 1993 como uma companhia regional da China, mas bastaram duas décadas para transformar-se num conglomerado gigante. A companhia tem hoje negócios na aviação, na indústria e no turismo, entre outros.
Existem supermercados, bancos e agências de turismo controlados por este grupo chinês, que tem mais de 110 mil funcionários espalhados um pouco por todo o mundo. Em 2014, a empresa conseguiu somar lucros na ordem dos 206 milhões de dólares, 26% mais do que em período homólogo.
Em 2015, a Hainan Airlines já era a maior transportadora aérea privada da China e a quarta maior em dimensão, com uma frota de 561 aviões. A companhia operava, nesta altura, mais de 630 rotas nacionais e internacionais para cerca de 210 cidades em todo o mundo. Também a hotelaria é uma das grandes apostas deste grupo.
Relação com a TAP
Em maio do ano passado, muito se falou do facto dos chineses da HNA terem conseguido fazer check-in na TAP com o acordo feito na TAP. Estado e acionistas privados assinaram o acordo que permitia ao governo recuperar 50% da TAP. Mas com o entendimento, ficou determinado que os chineses da Hainan Airlines entram indiretamente na transportadora aérea logo naquele verão.
“O Estado e a Atlantic Gateway [de Humberto Pedrosa e David Neeleman] celebraram o Acordo de Compra e Venda de Ações e o Acordo Parassocial e de Compromissos Estratégicos previstos no Memorando de Entendimento para a reconfiguração dos termos e condições da participação do Estado português na TAP”, explicava, por esta altura, o gabinete do ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.
Mas a verdade é que as relações de David Neeleman com os chineses da HNA com David Neeleman eram recentes. Em novembro de 2015, o grupo tornou-se o maior acionista individual da Azul, a companhia aérea brasileira do também acionista da TAP. O investimento de 450 milhões de dólares na transportadora, por uma participação de 23,7%, permitiu indicar um membro ao conselho de administração.