“O SPD regressou! Estamos de volta!”, disparou este domingo um triunfante Martin Schulz ao congresso do partido social-democrata alemão, depois de ter sido eleito secretário-geral e cabeça de lista para as eleições alemãs deste ano com nada menos do que 100% dos votos.
A coroação social-democrata é recompensa pela explosiva ascensão nas sondagens que o partido de centro-esquerda obteve depois do regresso de Schulz à política alemã, onde se concentra hoje em temas como a justiça social e a redução do fosso de rendimentos.
“Queremos que o SPD seja a mais poderosa força política depois das eleições federais para que tenha um mandato para tornar este país melhor e mais justo, e para dar aos habitantes deste país o respeito que merecem. Eu quero, caros camaradas, ser o próximo chanceler alemão”, afirmou.
Schulz relançou as eleições ao anunciar que seria candidato_à liderança do SPD_e ao posto de rival de Angela Merkel em novembro, ao completar o segundo mandato como presidente do Parlamento Europeu – o alemão chegou a pensar num terceiro mandato, mas não conseguiu apoio suficiente, o que o levou de novo para a política nacional, de onde saiu na década de 1990.
Desde que entrou na corrida, o SPD subiu cerca de dez pontos percentuais nas sondagens, batalhando agora pelo primeiro lugar com os Democratas-Cristãos (CDU) da chanceler Merkel, que, até à chegada de Schulz, era encarada como a absoluta favorita.
As últimas sondagens conduzidas pelo Emnid mostram que a CDU tem a vantagem mínima de um ponto para as eleições de setembro: 33% contra 32% do SPD, que pode avançar para uma aliança inédita com o Die Linke, da esquerda-radical, e os ecologistas Os Verdes.