Não é futebol, é poesia…


“Remontada”, assim se chama em Espanha a uma recuperação de um resultado negativo. Mas para o jogo que o Barcelona fez esta semana terão que inventar uma nova palavra


Aquilo a que se assistiu em Camp Nou foi único, épico, e só não diria irrepetível porque dos blaugrana podemos esperar sempre mais e mais e mais, mesmo quando pensamos que o mais já é impossível. Mas serão apenas os jogadores – e treinadores – os obreiros daquilo a que se tem assistido este século na capital catalã e em todos os relvados pisados pelos culés por esse mundo fora? É que os nomes vão mudando – no comando técnico e no relvado – mas a melhor equipa de todos os tempos vai resistindo ano após ano, de há bem mais de uma década a esta parte. Em Barcelona acredita-se sempre que é possível. Não há missões impossíveis. E o segredo vai muito para além da qualidade dos seus executantes…

Algo de muito especial se passa por estes tempos na Cidade Condal, e a quem nunca lá se deslocou para assistir a um jogo de Messi, Iniesta, Piqué, Neymar, Suarez e companhia, aconselho vivamente que o façam antes que seja tarde demais! Sente-se no ar. Na atmosfera. No rosto das pessoas. Nos sorrisos, nos olhares, até na forma como se movimentam. Há todo um ambiente de orgulho muito próprio, quase de sobranceria romântica, uma sensação de posse que chega a provocar uma inveja boa a quem está apenas de passagem na urbe eternizada por Gaudi. Acredito que o segredo do Barça reside (também) nessa simbiose perfeita entre cidade, adeptos, filosofia, cultura, clube, jogadores, técnicos, todos unidos numa receita impossível de reproduzir noutras paragens, como se tivesse saído directamente de um livro de fórmulas mágicas que existe apenas na mítica escola de La Masia, a fonte inesgotável de talento da formação catalã. 

Os números são apenas um dos reflexos do clube que é muito mais que um clube, mas vale a pena olhar também para eles: 29 títulos oficiais desde a estreia de Lionel Messi na equipa principal em 2004, entre os quais 4 Ligas dos Campeões, 3 Mundiais de Clubes e 3 Supertaças Europeias. É este o pecúlio do maior clube do século XXI. Sim, ter o melhor jogador de sempre ajuda a escrever páginas douradas de uma história nunca antes vista. Felizes de nós que a presenciamos.


Não é futebol, é poesia…


"Remontada", assim se chama em Espanha a uma recuperação de um resultado negativo. Mas para o jogo que o Barcelona fez esta semana terão que inventar uma nova palavra


Aquilo a que se assistiu em Camp Nou foi único, épico, e só não diria irrepetível porque dos blaugrana podemos esperar sempre mais e mais e mais, mesmo quando pensamos que o mais já é impossível. Mas serão apenas os jogadores – e treinadores – os obreiros daquilo a que se tem assistido este século na capital catalã e em todos os relvados pisados pelos culés por esse mundo fora? É que os nomes vão mudando – no comando técnico e no relvado – mas a melhor equipa de todos os tempos vai resistindo ano após ano, de há bem mais de uma década a esta parte. Em Barcelona acredita-se sempre que é possível. Não há missões impossíveis. E o segredo vai muito para além da qualidade dos seus executantes…

Algo de muito especial se passa por estes tempos na Cidade Condal, e a quem nunca lá se deslocou para assistir a um jogo de Messi, Iniesta, Piqué, Neymar, Suarez e companhia, aconselho vivamente que o façam antes que seja tarde demais! Sente-se no ar. Na atmosfera. No rosto das pessoas. Nos sorrisos, nos olhares, até na forma como se movimentam. Há todo um ambiente de orgulho muito próprio, quase de sobranceria romântica, uma sensação de posse que chega a provocar uma inveja boa a quem está apenas de passagem na urbe eternizada por Gaudi. Acredito que o segredo do Barça reside (também) nessa simbiose perfeita entre cidade, adeptos, filosofia, cultura, clube, jogadores, técnicos, todos unidos numa receita impossível de reproduzir noutras paragens, como se tivesse saído directamente de um livro de fórmulas mágicas que existe apenas na mítica escola de La Masia, a fonte inesgotável de talento da formação catalã. 

Os números são apenas um dos reflexos do clube que é muito mais que um clube, mas vale a pena olhar também para eles: 29 títulos oficiais desde a estreia de Lionel Messi na equipa principal em 2004, entre os quais 4 Ligas dos Campeões, 3 Mundiais de Clubes e 3 Supertaças Europeias. É este o pecúlio do maior clube do século XXI. Sim, ter o melhor jogador de sempre ajuda a escrever páginas douradas de uma história nunca antes vista. Felizes de nós que a presenciamos.