O problema surgiu depois de o PCP lembrar que tinha entregue um requerimento para ouvir Carlos Costa precisamente sobre a resolução do BES a 25 de janeiro, muito antes de o governador se disponibilizar para vir ao Parlamento esclarecer os pormenores trazidos a público pela reportagem da SIC "Assalto ao Castelo".
Todos os grupos parlamentares concordaram com a proposta de realizar uma única audição, concedendo o PCP o direito à Costa de realizar uma intervenção inicial – que não é habitual nos casos em que o ouvido é chamado – e dispondo-se o PSD a ceder as primeiras perguntas ao PCP, apesar de ser o partido mais votado.
A posição "de equilíbrio", como lhe chamou Duarte Pacheco do PSD, convenceu o PS e o PCP e não obteve oposição de BE e CDS.
A oposição veio da presidente da Comissão, Teresa Leal Coelho, que insistiu na ideia de duas audições, com grelhas diferentes para que não ficasse em causa a abertura do Parlamento à disponibilidade do governador.
A discussão prolongou-se longos minutos, sem que Leal Coelho cedesse aos argumentos de PSD, PCP e PS.
Sem consenso, ficou tudo adiado para amanhã, depois de Leal Coelho falar com Carlos Costa sobre a sua disponibilidade.