Paulo Núncio aproveitou as questões da deputada centrista Cecília Meireles para recordar que foi o Governo de António Costa quem decidiu retirar Jersey, a Ilha de Man e o Uruguai da lista de paraísos fiscais.
"É no mínimo estranho", defendeu o ex-governante do CDS, que rejeita a ideia de que os 10 mil milhões de euros que ficaram fora do radar do Fisco entre 2011 e 2014 tenham prejudicado o país ou correspondam a operações ilegais.
Paulo Núncio frisou que grande parte destas declarações dirá respeito a pagamentos de faturas, pelo que nesses casos não haverá lugar à cobrança de impostos.
De resto, Núncio assegura que uma coisa é a publicação das estatísticas outra é a análise desses dinheiros para eventual cobrança de impostos.
"Dizer que o Governo deixou sair 10 mil milhões de euros é absolutamente demagógico e populista", defendeu Núncio, lembrando que "vivemos num mundo em que há circulação de capitais" e que isso apenas não acontece em países como a Venezuela.
"A Venezula é um país em que isso acontece, mas de certeza que não é um bom exemplo", ironizou.