A candidata da Frenta Nacional, Marine Le Pen, decidiu desafiar as autoridades judiciais francesas, em relação ao caso dos assistentes parlamentares da FN em Estrasburgo. Marine Le Pen recusa-se a ser ouvida pela justiça até junho de 2017, altura que se realizam eleições legislativas em França.
A líder da FN fez uso da sua imunidade parlamentar para não ser ouvida sobre o caso. Recorde-se que por duas vezes a polícia francesa procedeu a buscas nas sedes da FN, em causa está o pagamento indevido a assistentes parlamentares deste partido de extrema-direita, que receberiam como trabalhando no Parlamento Europeu, mas que alegadamente não trabalhavam lá. As autoridades europeias investigam 11 casos, incluíndo a chefe de gabinente de Marine Le Pen e um seu guarda-costas.As verbas envolvidas neste caso ultrapassam, para a chefe de gabinete e o guarda-costas, os 400 mil euros.
Convocada para quarta-feira, 22 de fevereiro, às 14 horas, na sede da Polícia Judiciária francesa de Nanterre, Marine Le Pen respondeu por carta de correio que não compareceria a nenhuma convocatória da justiça francesa até se realizaram as eleições legislativas marcadas para os dias 11 e 18 de junho de 2017. O advogado da dirigente da FN, Rodolphe Bosselut, justificou essa decisão, ao jornal "Le Monde": "A justiça não é um poder, é uma autoridade. Não pode perturbar, devido a uma investigação que pode ser feita mais tarde e que podia ter sido levada a cabo antes da campanha eleitoral para as presidenciais, dado que está em causa um momento democrático fundamental no nosso país".