Aos 23 anos, o guarda-redes nascido em Osasco, criado no São Paulo e que o Benfica descobriu em 2009, não precisa de provar mais. Dir-me-ão que no futebol não é assim e que é preciso demonstrar todos os dias, jogo a jogo, as melhores qualidades. No caso de Ederson, não haverá quem duvide das capacidades que tem e todos concordarão que a conquista do tri e o caminho para o tetra tem, de forma indelével, a… mão de Ederson!
Dizer que Ederson é, já hoje, um dos melhores do mundo parece-me não só uma certeza mas uma evidência. Manuel Neuer continua um patamar acima de todos os outros mas o guarda-redes do Benfica, permitam-me a opinião, está no degrau seguinte. Há Courtouis, De Gea, Oblak, Ter Stegen; ainda há Petr Cech ou Buffon. E há Ederson. Fabuloso entre os postes, seguro a sair da baliza, assertivo nas bolas paradas, forte a jogar com os pés, frio nos momentos escaldantes dos jogos mais quentes. Falha como todos os outros, mas numa percentagem tão mínima que raramente fica associado ao inêxito. Ederson defende golos. É isso que todos pensamos quando nos falam do futuro guarda-redes da seleção do Brasil e, tudo o indica, de um superpoderoso clube europeu, provavelmente, já na próxima época…
Em Braga, o titular da baliza do Benfica foi Júlio César. Já não alinhava de início, para o campeonato, desde Setembro do ano passado… Por culpa de quem? De Ederson. Júlio César, a caminho dos 38 anos, foi indiscutivelmente um dos melhores guarda-redes das últimas duas décadas. Os 24 títulos conquistados provam isso mesmo. E só atestam a qualidade e o enorme potencial de Ederson. O futuro estará aí para o confirmar.