Pode não ter um palmarés por aí além, mas recorde-se: já atingiu uma final da Taça UEFA. Foi na época de 2000/01, frente ao Liverpool, perdendo o jogo no prolongamento por 5-4, graças a golo de ouro.
Nesse tempo, uma das figuras da equipa era Cruyff. Não o pai, claro! O filho, Jordi. Nascido em Barcelona. Já agora, mais um pormenor que mais parece um pormaior: nas meias-finais, o Alavés atropelou os alemães do Kaiserslautern – 5-1 em casa e 4-1 fora. E tinha deixado pelo caminho o Inter de Milão. Como se vê, não foi por acaso.
Na Taça do Rei, o melhor que conseguira, até ao momento, fora a presença em duas meias-finais (1997/98 e 2003/04). Agora, com a recente eliminação do Celta de Vigo (0-0 e 1-0), o Mendizorrotza, que não chega aos 20 mil lugares certos, entrou em ebulição.
Equipa da capital do País Basco, Vitória, na província de Araba (ou Aláva), o Deportivo Alavés corre na senda das grandes equipas da região, o Athletic Bilbau e a Real Sociedad. Fundado em 1921, o clube só recentemente regressou à I Liga e, ainda por cima, com uma vitória em Camp Nou, sobre o Barcelona (2-1), seu próximo adversário na final da Taça do Rei, com um golo do ex-benfiquista Deyverson. Motivo para acumular esperanças…
Até à final, a prova decorreu sem derrotas para os bascos – Gimnàstic de Tarragona (3-0 e 3-0); Deportivo da Corunha (2-2 e 1-1); Alcórcon (2-0 e 0-0); e finalmente Celta de Vigo (0-0 e 1-0). Fantasmagórico para os galegos.
E, ter bascos e catalães numa final da Taça de Espanha, não deixa de ser muito curioso…