Fejsa. Ljubomir Fejsa. Muito se discutiu, nas últimas semanas, a relação direta entre a ausência do sérvio e o menor rendimento do Benfica. Porque há um Benfica “com” Fejsa e outro “sem” Fejsa; porque a equipa defende pior quando falta o Fejsa; porque a equipa não ataca da mesma forma quando não está lá o Fejsa. Sendo verdade, não é, em minha opinião, o principal motivo para a derrapagem do Benfica. Há mais razões que a razão conhece. Como, por exemplo… Pizzi, o médio de que Rui Vitória não prescinde. Nunca!
O Benfica está, hoje, menos rigoroso defensivamente e mais previsível em termos atacantes. Perdeu os equilíbrios. Pela ausência de Fejsa, é certo, mas muito mais por culpa da frequente “ausência” de Pizzi. O médio dos encarnados soma já 33 jogos (2700 minutos!) e o desgaste acumulado transformou o Benfica numa equipa menos dinâmica e mais fácil de descodificar. Porque Pizzi está cansado e, ao contrário do que acontece com outras posições, não tem substituto à altura. Pizzi não é o melhor médio do mundo, mas é o melhor que o Benfica tem para aquela função. O melhor e o único. A falta de um “clone” do melhor Pizzi agravou os problemas da equipa e retirou-lhe discernimento. As soluções que Rui Vitória tem para a direita, para a esquerda, para a defesa e para o ataque, falta(ra)m ao meio e a equipa perdeu virtudes. E perdeu jogos. E pontos. Não irremediavelmente, mas inesperadamente.
Já agora, convém não esquecer a saída de Gonçalo Guedes (goste- -se mais ou menos, na primeira parte da época foi dos jogadores mais determinantes) e a evidente quebra de Lindelöf, que parece não ser o mesmo depois dos ecos do mercado de inverno…