Foram as mais velhas meias-finais femininas de sempre em Majors na história do ténis profissional e o título será decidido entre a mais velha finalista (Venus) e a mais velha campeã (Serena) de sempre do Open da Austrália na Era Open. Já Federer foi o mais velho semifinalista em 39 anos.
Multifatores explicam o fenómeno de longevidade: as metodologias de treino prolongam carreiras; a exigência física que combina resistência, coordenação, velocidade e flexibilidade, uma simbiose difícil para um corpo ainda em formação; as rápidas e constantes tomadas de decisão em cada ponto, quando recentes estudos neurológicos ditam que só cerca dos 25 anos o cérebro atinge a maturidade adulta; a ciência de jogo, a interpretação tática e a experiência que só vêm com a idade. Mas no ténis os campeões treinam mais e melhor.
Rafa Nadal, antes de eliminar Milos Raonic, estudou vídeos do serviço do n.º3 mundial e foi para o campo com Mark Philippoussis – conhecido há 20 anos como “scud” pelos “serviços-canhão” – para treinar diversos posicionamentos na sua resposta ao serviço. No dia seguinte geriu magistralmente as bombas de serviço de Raonic e afastou o vice-campeão de Wimbledon em apenas três sets.
Como dizia o grande campeão de golfe Gary Player, “quanto mais treino, mais sorte tenho”.