E o final do ano mais não é do que um momento em que todos, inevitavelmente, olhamos a vida em jeito de balanço, num deve e haver cujo acerto de contas se projeta no futuro. No ano seguinte.
Fica, por isso, aqui expresso o meu pedido – entenda-se, desejo – para 2017, que resumo de forma muito simples: cumpra-se a 18ª das Leis do Jogo! Dir-me-ão logo que estou errado, que não conheço as regras, uma vez que as Lei do Jogo são apenas 17… Não, a mim sempre me ensinaram que há 18 Leis do Jogo, sendo que uma delas não passou a letra de lei mas é, na grande maioria das situações, a mais importante de todas: a lei do bom senso! Acrescento eu, não só no futebol, mas em tudo na vida, a Lei 18 é seguramente a mais fundamental de todas as leis!
Não sou ingénuo ao ponto de acreditar que vamos deixar de discutir, jogo a jogo, minuto a minuto, a Lei 11 (Fora de jogo). Não sou tão purista que esteja convencido que vamos ser mais pacíficos e unânimes na interpretação da Lei 12 (Faltas e incorreções) ou da Lei 14 (O pontapé de penalti). Não acredito que vamos deixar de ouvir falar na Lei 5 (O árbitro). Sei muito bem que vamos continuar a ter horas e horas de debates com interpretações unipessoais dessas e de outras regras de um jogo que também é apaixonante por isso mesmo: porque é imprevisível, porque tem muito de subjetivo, porque está sujeito ao erro, porque é jogado e julgado por seres humanos. E é aos seres humanos em geral, e aos do futebol em particular, que dirijo o meu desejo para o ano que está mesmo aí a bater à porta: cumpram a Lei 18, tenham bom senso! E um bom ano!