A garantia de Paolo Gentiloni acontece quando o terceiro maior banco do país, Monte dei Paschi di Siena (BMPS), o mais antigo do mundo em atividade, procura captar cinco mil milhões de euros, junto de investidores privados, para evitar uma eventual intervenção estatal.
A instituição financeira perdeu mais de 80% da sua capitalização de mercado desde o começo do ano, além de ter apresentado o pior desempenho nos testes de 'stress' do Banco Central Europeu (BCE), em julho, como recorda a agência France Presse.
"É uma medida de precaução", disse Paolo Gentiloni à imprensa, referindo-se ao anúncio do 'pacote' de 20 mil milhões de euros. "Acreditamos que é nosso dever tomar esta medida para proteger as poupanças" dos italianos.
"Espero que todos os grupos parlamentares partilhem esta responsabilidade", disse Gentiloni aos jornalistas, no final do conselho de ministros.
O BMPS precisa de garantir a recapitalização de cinco mil milhões de euros, até ao final do mês, depois de o BCE ter recusado a extensão do prazo para o fazer até meados de janeiro, como o banco italiano requerera, no início do mês.
Os empréstimos malparados da banca italiana atingem os 360 mil milhões de euros, o que representa perto de um terço deste tipo de empréstimos na zona euro.