Não há o melhor carro, o melhor hotel, o melhor destino de férias, o melhor cozinheiro, o melhor estilista ou o melhor jogador do mundo. De futebol ou de qualquer outra modalidade. Não existe porque é injusto. Na minha modesta opinião, claro.
Num tempo em que Messi e Cristiano Ronaldo coabitam, numa conjugação cósmica raramente vista no futebol, dizer que um é melhor do que o outro não faz sentido. É injusto. Desde 2008, Ronaldo (4 vezes) e Messi (5) centram as atenções do mundo do futebol e discutem entre si um título que, em boa verdade, deveria ser entregue a ambos!
Ronaldo já ganhou quando Messi também merecia; Messi já venceu quando Cristiano Ronaldo justificava o troféu. Cristiano Ronaldo e Lionel Messi são tão bons tão bons que, digo eu, até jogavam com a verdadeira bola de ouro! E marcavam golos! São heróis sem pés de barro, ídolos no mundo inteiro, com talento, génio e genes que (ainda) não se criam em laboratório. Mas pode haver quem aprecie mais o estilo de Iniesta. Ou de Neymar. Ou de Griezmann. Ou de outro qualquer. Kun Aguero, por exemplo, confessou recentemente que elegia Messi. Porque são amigos.
Há muito que sou da opinião que as razões que deram origem a esta e a outras escolhas não obedecem a um critério infalível, que nos garanta a veracidade da decisão final. São tão subjetivas como a escolha deste ou daquele hotel, deste ou daquele carro, deste ou daquele cozinheiro. É verdade que Ronaldo e Messi marcam mais golos que os outros, assistem mais que os outros, vendem mais que os outros, enchem mais estádios que os outros. Mas dizer que um é melhor do que o outro, sinceramente, acho injusto. Muito injusto. Defendo, por isso, que o melhor do mundo não existe. Messi ou Ronaldo? Se me perguntarem a mim qual é o Jogador do Ano, ah!, então aí escolho o Ronaldo. Mas é injusto para Messi.