Ministro do Ambiente prevê centrais termoelétricas sem carvão antes de 2030

Ministro do Ambiente prevê centrais termoelétricas sem carvão antes de 2030


Matos Fernandes acredita que as duas centrais termoelétricas do país que funcionam a carvão – Sines e Pego – vão deixar de usar este combustível fóssil nos próximos anos


João Matos Fernandes acredita que é possível que as centrais de produção de energia portuguesas que funcionam a carvão deixem este meio de combustão antes de 2030. "A ideia é, assim que Portugal tenha condições para isso, e honrando os contratos que existem, essas centrais deixarem de usar carvão", explicou o ministro do Ambiente que falou aos jornalistas à margem da Climate KIC Portugal, um projeto da Comissão Europeia ao qual Portugal aderiu recentemente e que tem como mote a “Economia de Baixo Carbono”.

Questionado pelos jornalistas sobre quando será possível que as duas centrais termoelétricas do país (Sines e Pego) deixem de usar carvão, o ministro afirmou que tal poderá acontecer “antes de 2030”. "Temos mesmo de saber quando é que lá podemos chegar, numa base de cenários de formas alternativas de produção e também de perceber com rigor quais as tendências de consumo da parte dos portugueses", explicou Matos Fernandes.

No próximo ano, são lançadas duas tarefas que permitirão desenvolver a chamada economia de baixo carbono – a Estratégia Nacional para a Economia Circular e o novo Roteiro de Baixo Carbono. Para além das empresas, o ministro sublinhou que também os cidadãos devem adotar comportamentos para baixar a quantidade de dióxido de carbono emitido.

"Tem de haver um trabalho muito forte no sentido de acompanhar as boas decisões técnicas e políticas de uma grande sensibilização dos cidadãos porque são eles que ajudam nesta vitória, não há outra forma de o poder fazer", disse. O recado vem na senda dos objetivos definidos por António Costa: o primeiro-ministro quer um país com balanço zero de carbono em 2050.