Jorge Jesus espera ainda mais dificuldades na receção desta terça-feira ao Real Madrid, em Alvalade, do que teve em pleno Santiago Bernabéu. E a explicação é simples: agora, os merengues já conhecem a força do leão. "O Real já não se surpreenderá connosco, não podemos inventar nada. Já nos conhecemos e talvez agora seja mais fácil para eles desde o ponto de vista que já percebem que não somos a equipa equipa que eles subestimaram", atirou o treinador do Sporting em entrevista ao jornal madrileno "Marca".
Ainda assim, Jesus acredita que é possível surpreender o campeão europeu em título. "Claro que se pode preparar um duelo desses. Individual e coletivamente podemos ter uma tática em determinados momentos durante o jogo que sirva como referência para um jogador. Quando não queremos que um jogador não tenha muitos espaços temos de o fazer assim, individual e coletivamente. Como fizemos em Madrid. Desta vez não será diferente", salientou.
Nas bocas do mundo, depois da exibição no Bernabéu, ficou Gelson Martins. Tanto assim é que foi o nome do jovem extremo que aquele jornal espanhol mencionou de pronto. "Fez uma grande exibição, mas o Marcelo agora já o conhece. Antes talvez o pudesse surpreender, mas agora já sabe o que o espera. Será mais difícil para ele. O Gelson tem uma margem de progressão enorme. Será um jogador ao nível de Figo, estou certo disso", atirou Jesus, desvalorizando depois a juventude/inexperiência do internacional português: "Agora já tem mais três jogos na Champions, tal como o Rúben Semedo, que nunca tinha alinhado na Champions antes de Madrid. Por isso, não os vou mudar, pois já têm nível de Champions. É o meu risco e hoje têm mais experiência."
Jesus reservou ainda algum tempo para falar de Cristiano Ronaldo, e do privilégio que constituiria para si poder um dia treinar o CR7. "Ronaldo nasceu para marcar golos. É o avançado que mais golos marca no mundo. Tem um talento fora do normal. Quando jogas contra um jogador assim não podes pensar que está numa fase em que não marca. Ele marca sempre. Quando jogámos em Madrid levava um ano sem faturar de livre e foi assim que marcou. Por isso, quando se defronta alguém assim, pode acontecer tudo, para o bem ou para o mal. Qualquer treinador quer treinar alguém como Cristiano. Nunca trabalhei com ele e ficaria muito feliz, claro", salientou Jesus, realçando que ter um jogador como Ronaldo e Messi faz toda a diferença no balneário… de forma positiva.