Jorge Jesus já fez a antevisão do jogo da Taça de Portugal, que se realiza esta quinta-feira em Alvalade, frente ao Praiense. E apesar da equipa dos Açores competir dois escalões abaixo dos leões, o treinador do Sporting reservou-lhe rasgados elogios, garantindo mesmo respeito igual… a colossos do futebol mundial.
"O nosso adversário tem 10 jogos, oito vitórias e dois empates, o [Francisco] Agatão [treinador do Praiense] está a fazer um bom trabalho. O Sporting tem mais a perder que a ganhar: eliminar o Praiense é normal, tudo que não seja isso é mais que anormal. Temos um respeito muito grande pela competição e pelo Praiense, trabalhámos para este jogo como antes do Dortmund ou Real Madrid. Conhecemos bem o Praiense e vamos tentar fazer o nosso melhor para passar, com todo o respeito que eu e os jogadores do Sporting vamos ter pelo Praiense", salientou Jesus, que ainda assim fez questão de explicar o porquê de estar a realizar a conferência de Imprensa na Academia de Alcochete, e não em Alvalade, como é habitual: "Não é por ser contra o Praiense. Estamos aqui em grande número, maior que no campeonato nacional até, é bom sinal porque a Taça é uma competição pelo qual todos os clubes e adeptos são apaixonados. Todas as equipas querem estar no Jamor, é uma festa linda, não só para as equipas como para os assistentes, quem está habituado sabe o que estou a dizer."
O jogo com o clube açoriano surge após a pausa internacional, neste caso considerada "positiva para muitos jogadores" pelo técnico leonino. "Muitos jogadores foram para as seleções, mas ficaram outros. Acho que alguns jogadores beneficiaram, como é do caso do Alan [Ruiz], do Luc [Castaignos], do Elias, do Douglas, Petrovic. Esses jogadores beneficiaram da intensidade e portanto são eles que vão dar resposta ao jogo", ressalvou Jesus, deixando assim desde já implícita a titularidade destes jogadores.
O treinador do Sporting também não passou ao lado da polémica com o Arouca, motivada pelos incidentes no túnel de Alvalade. "Todos os dias é manchete, o jogo da seleção até passou para segundo plano. Digo o mesmo que disse após o jogo, não vi nada e o que sei é o que vocês sabem. Só vi imagens, mas como diz o filósofo chinês: ‘Uma imagem vale por mil palavras’. Vi um comportamento sereno do presidente, que foi agredido verbal e fisicamente e teve um comportamento à altura da responsabilidade e o que posso dizer mais sem ter conhecimento? As imagens estão para toda a gente ver, não há história nenhuma", realçou Jorge Jesus, completando: "Isto não afeta a equipa, foi um caso que tem de ser decidido. Praticamente o que eu disse é o que as pessoas sabem em função das imagens, elas são esclarecedoras. Para nós equipa, treinador, massa associativa foi um caso que aconteceu no túnel, como tantos outros, mas este teve imagens. Não deixou dúvidas, ninguém pode ter dúvidas do que aconteceu."