Restaurantes
Lisboa. 26 vegan food project
Para começar quiseram fugir a clichés e fazer deste restaurante da Baixa de Lisboa dedicado à comida vegan um espaço onde todos queiram entrar. Catarina Gonçalves já tinha um espaço semelhante em Campo de Ourique – o Nomalism – e agora, com a ajuda do chefe Bruno Ferraz, alargou a ementa e todos os dias abre um vasto leque de petiscos, tostas e saladas, que à noite passam a opções mais substanciais como caril de legumes tailandês ou o tofu com crosta de broa de milho. Na lista de sobremesas há cheesecake e bolo de chocolate, como se quer, e com a certeza que não foram usados ovos nem leite. Para acompanhar a refeição existem vinhos, chás e cafés biológicos.
26 – Vegan Food Project
Rua Vítor Cordon, 26, Lisboa
Porto. black mamba
Aqui pode comer, beber, ler, ouvir música punk e metal. Parece confuso, mas acaba por fazer sentido: foi através deste tipo de música que os donos do espaço tomaram consciência do sofrimento animal, o que os levou a mudar de hábitos. A especialidade da casa são mesmo os hambúrgueres vegan que, em vez das habituais carnes e enchidos, levam cogumelos, queijo vegetal, grão-de-bico, seitan e tofu. O espaço dispõe ainda de uma pastelaria compatível com uma dieta vegana e adequada a intolerantes à lactose, celíacos e alérgicos a ovos.
Black Mamba
Rua dos Mártires da Liberdade, 130, Porto
Cascais. house of wonders
Num restaurante onde não existe micro–ondas e o congelador serve apenas para armazenar gelo, não se pode esperar o óbvio. Se o primeiro piso dá direito a um buffet de frios e quentes, a que chamam Mezze, por ser de partilha, os pisos superiores vão-se dividindo entre café, cozinha e, antes do terraço, a sala da raw food. É aqui que Fiona Harrower tem vindo a mostrar ao mundo a sua perícia em preparar pratos com base em alimentos crus. Recentemente começaram também a servir os já famosos brunchs, feitos apenas com alimentos crus, vegan e biológicos. Para as sobremesas é só escolher entre os vários raw vegan parfaits, feitos sem farinhas e sem açúcares refinados.
House of Wonders
Largo da Misericórdia, 53, Cascais
Roupa e calçado
Nae. A pegada verde dos sapatos
Paula e Alejandro Pérez imaginaram a “nae” em 2008 e em 2009 foi lançada a primeira coleção com a vertente vegan e ecológica. Os sapatos da Nae (no animals exploitation) são feitos com produtos como a cortiça, linho, algodão orgânico, madeira ou borracha natural, pneus reciclados e microfibras ecológicas, fugindo às habituais peles de animais usadas para o fabrico de calçado. Depois de alguns anos presentes em sapatarias em Cascais e no Funchal, Londres, Alemanha e Estados Unidos, abriram este ano a primeira loja totalmente dedicada à marca, no Lx Factory, em Lisboa. É claro que nesta loja é permitida a entrada de animais.
Ohno e naturapura. Vestir natureza
A roupa da Ohno é feita com base em matérias-primas como o algodão orgânico virgem ou reciclado, poliéster reciclado e tencel, assim como todo o trabalho de estampagem é feito com tintas à base de água. Cada peça Ohno é composta no mínimo por 95% de matéria-prima sustentável. Já a Naturapura foca a produção em roupa de bebé e faz questão de que o algodão 100% biológico seja a principal matéria-prima. A roupa é feita sem recurso a produtos químicos, desde a plantação do algodão até ao produto final, que está à venda nas nove lojas próprias que existem em território nacional, a que se juntam dezenas de outros pontos de venda, em Portugal e no estrangeiro.
Pronatural. Casa e corpo (mesmo) limpos
A Pronatural distribui em Portugal produtos biológicos, vegan, raw e não testados em animais. Na parte da cosmética distingue-se por comercializar produtos com a certificação Leaping Bunny – certificação independente que assegura que os produtos cosméticos, de higiene pessoal e de higiene doméstica e os seus ingredientes não foram testados em animais em nenhuma fase do seu desenvolvimento (nem pela empresa, nem por laboratórios, nem por fornecedores). No site da marca, que também tem pontos de venda um pouco por todo o país, é possível encontrar coisas como desmaquilhantes ou detergente para a roupa, cujo ingrediente-base é o óleo de coco.
Negócios
Cozinha verde. Comer bem e sem culpa
Em 2013, Filipa Range decidiu tornar--se vegan e com essa decisão descobriu o prazer de cozinhar. Fez desta nova paixão um negócio e, hoje em dia, a Cozinha Verde é uma empresa especializada na confeção e entrega ao domicílio de refeições vegan 100% vegetais. Nos diferentes menus disponíveis há pratos como croquetes de grão e cenoura, lasanha verde ou bolonhesa de soja. As sobremesas – bolo de chocolate, bolo de frutos vermelhos, de cacau e amêndoas ou de iogurte e banana – são adoçadas sem recurso a açúcares refinados.Filipa mantém um blogue atualizado com receitas que vai ensinando também em workshops sobre o tema.
Out da box tattoo. Marcar a pele sem marcar animais
Quando pensamos em veganismo, temos tendência em focar-nos na alimentação e no uso de peles de animais em vestuário e calçado. Mas até o simples ato de fazer uma tatuagem requer um trabalho prévio de pesquisa para quem quer manter a consciência limpa no que diz respeito à proteção animal. Na Out da Box Tattoo Club, na Maia, as tintas usadas são da marca World Famous Tattoo Ink e, por isso, totalmente vegan. As normais contêm produtos como glicerina de origem animal, goma-laca obtida a partir de insetos e tinta preta obtida do carvão conseguido pela queima de ossos de animais. Para a cicatrização, a opção passa por usar manteiga de cacau ou sabonete vegetal.
Amy’s Kitchen. Portugal na mira do saudável
A Amy’s Kitchen, empresa especializada na preparação de refeições vegan pré-cozinhadas sem ingredientes geneticamente modificados, anunciou este verão que tem em mira Santa Maria da Feira como o seu primeiro ponto de produção fora dos Estados Unidos. O investimento é de 60 milhões de euros numa fábrica que irá criar 600 empregos e produzir para abastecimento à Europa.
A empresa já adquiriu um terreno de 80 mil metros quadrados no Lusopark e está previsto que as obras comecem entretanto, de modo a que a fábrica esteja a trabalhar em pleno em 2018.
Receitas d'O Livro das Receitas Vegan
Cheesecake de limão e groselhas
Base: 100 g de caju, 80 g de flocos de aveia, 1 colher de sopa de linhaça, raspa e sumo de 1 limão, 70 g de tâmaras
Recheio: 230 g de caju, 110 g
de néctar de agave, 200 g de creme de coco, 100 ml de óleo de coco,
1 limão,
1 pitada de baunilha
Preparação: Num processador de alimentos, triturar os ingredientes da base. Dispor a massa na base da forma de aro amovível e pressionar. Levar ao frio. Entretanto, triturar todos os ingredientes do recheio. Dispor a cobertura sobre o preparado anterior e deixar no frio. Servir bem frio, decorado com raspas de limão e groselhas.
Pesto de beterraba
Ingredientes:
40 g de beterraba
60 ml de azeite
1/2 dente de alho
30 g de amendoim
2 colheres de sopa de sumo
de limão
1 raminho de endro
Flor de sal e pimenta q.b.
Preparação: Para preparar o pesto juntam-se todos os ingredientes num processador de alimentos e tritura-se até obter uma pasta homogénea.
Pizza de Amaranto
Massa: 100 g de amaranto, 220 g de flocos de aveia, flor de sal q.b., 1 colher de sopa de linhaça, 25 g de azeite, 10 g de fermento de padeiro
Recheio: 1 tomate, 100 g de alho--francês, 80 g de rúcula, 50 g de tempeh, queijo mozzarella vegan, 150 g de azeitonas verdes descaroçadas
Marinada de tempeh: 3 dentes de alho, 1 colher de sopa de paprica, sal e pimenta, 30 ml de azeite, sumo de 1 limão
Preparação: Cortar o tempeh em fatias finas e deixar a marinar. Cozer o amaranto cerca de 20 minutos em cerca de 2,5/3 vezes a quantidade de água. Colocar todos os ingredientes no liquidificador e misturar. Estender a massa num tabuleiro e levar ao forno para cozer a base. Dispor os ingredientes, inclusivamente o queijo vegan, e levar ao forno até alourar.