Falha crítica em motor da nossa recuperação


Várias vezes defendi neste espaço que a reabilitação urbana ligada ao turismo residencial poderia ser, como já mostrou poder ser, uma primavera permanente para as nossas cidades e, por inerência, dar um enorme contributo à própria recuperação económica do país.


A reabilitação dos centros das cidades, desígnio urgente e necessário para repor a qualidade dos direitos de cidadania, começou a ser feita com o esforço das famílias e das empresas que investiram neste setor, pensando também em arrendamento urbano e nos chamados alojamentos locais para turismo.

Esta dinâmica também ajudou a cativar investimento estrangeiro, numa lógica de longo prazo, determinou a regeneração do próprio espaço público, tornando-o mais atrativo para a reabilitação urbana em concreto, e consolidou o setor imobiliário como um dos motores da nossa recuperação.

Pela reabilitação dos centros urbanos das nossas principais cidades e pela inerente dinamização de outras atividades económicas, como é o caso do turismo residencial, começámos a descobrir o prazer de voltarmos a viver nos centros das cidades, numa movida agora seriamente comprometida.

Comprometida pela ameaça que paira sobre o setor com a aplicação do novo imposto sobre imobiliário de valor fiscal acima dos 600 mil euros – uma autêntica tragédia comparável a uma falha crítica num motor de uma qualquer aeronave que, neste exemplo, se chamará “Recuperação”.

O imobiliário português, que tem vindo a contribuir fortemente para a recuperação económica do país, sendo, aliás, um dos motores dessa mesma recuperação, sofre agora este colapso que atinge, desde logo, os investimentos estrangeiros nesta área, investimentos que têm sido fundamentais.

Até o fenómeno interno da transferência de parte das poupanças dos portugueses para o investimento imobiliário, fenómeno incentivado pelas entidades que apontam o arrendamento urbano como hipótese de investimento, está a ser posto em causa com esta desastrosa política fiscal.

Como já disse publicamente, a aplicação do adicional ao IMI vai ser uma tragédia para o comércio e serviços, vai ser dramático para a construção e para o imobiliário, e vai travar os vistos gold – quem comprou um imóvel por um mínimo de 500 mil euros irá seguramente ser castigado se continuar a investir.

Tudo isto, aparentemente, em nome de uma agenda que dificilmente conseguiremos dissociar de intenções ideológicas que olham para estes fenómenos com o ódio de quem considera crime gravíssimo – noutras épocas e noutras paragens condenado a penas capitais – o lucro resultante de investimentos de capital.

Os sinais que estamos a enviar aos investidores estrangeiros vão também neste sentido. Como podemos continuar a sonhar com investimentos externos se depois lhes dizemos que a propriedade imobiliária é um pecado mortal, mesmo num quadro de subida do IMI e da manutenção de um IMT que já devia ter acabado? 

Falha crítica em motor da nossa recuperação


Várias vezes defendi neste espaço que a reabilitação urbana ligada ao turismo residencial poderia ser, como já mostrou poder ser, uma primavera permanente para as nossas cidades e, por inerência, dar um enorme contributo à própria recuperação económica do país.


A reabilitação dos centros das cidades, desígnio urgente e necessário para repor a qualidade dos direitos de cidadania, começou a ser feita com o esforço das famílias e das empresas que investiram neste setor, pensando também em arrendamento urbano e nos chamados alojamentos locais para turismo.

Esta dinâmica também ajudou a cativar investimento estrangeiro, numa lógica de longo prazo, determinou a regeneração do próprio espaço público, tornando-o mais atrativo para a reabilitação urbana em concreto, e consolidou o setor imobiliário como um dos motores da nossa recuperação.

Pela reabilitação dos centros urbanos das nossas principais cidades e pela inerente dinamização de outras atividades económicas, como é o caso do turismo residencial, começámos a descobrir o prazer de voltarmos a viver nos centros das cidades, numa movida agora seriamente comprometida.

Comprometida pela ameaça que paira sobre o setor com a aplicação do novo imposto sobre imobiliário de valor fiscal acima dos 600 mil euros – uma autêntica tragédia comparável a uma falha crítica num motor de uma qualquer aeronave que, neste exemplo, se chamará “Recuperação”.

O imobiliário português, que tem vindo a contribuir fortemente para a recuperação económica do país, sendo, aliás, um dos motores dessa mesma recuperação, sofre agora este colapso que atinge, desde logo, os investimentos estrangeiros nesta área, investimentos que têm sido fundamentais.

Até o fenómeno interno da transferência de parte das poupanças dos portugueses para o investimento imobiliário, fenómeno incentivado pelas entidades que apontam o arrendamento urbano como hipótese de investimento, está a ser posto em causa com esta desastrosa política fiscal.

Como já disse publicamente, a aplicação do adicional ao IMI vai ser uma tragédia para o comércio e serviços, vai ser dramático para a construção e para o imobiliário, e vai travar os vistos gold – quem comprou um imóvel por um mínimo de 500 mil euros irá seguramente ser castigado se continuar a investir.

Tudo isto, aparentemente, em nome de uma agenda que dificilmente conseguiremos dissociar de intenções ideológicas que olham para estes fenómenos com o ódio de quem considera crime gravíssimo – noutras épocas e noutras paragens condenado a penas capitais – o lucro resultante de investimentos de capital.

Os sinais que estamos a enviar aos investidores estrangeiros vão também neste sentido. Como podemos continuar a sonhar com investimentos externos se depois lhes dizemos que a propriedade imobiliária é um pecado mortal, mesmo num quadro de subida do IMI e da manutenção de um IMT que já devia ter acabado?