Ou seja, o novo imposto sobre património imobiliário global será usado como uma nova fonte de receita para o sistema de pensões.
"Não vai ser um imposto para pagar despesa de 2017. Vai ser um imposto sobre o património para sustentar de uma forma segura e refoçar a segurança que todos temos de ter na Segurança Social", anunciou o primeiro-ministro, explicando que a receita gerada "financiará a despesa futura" com pensões e não os aumentos reclamados pelo BE e pelo PCP para os pensionistas já em 2017.
De resto, António Costa deixou sem resposta os apelos de Catarina Martins para "aumentos reais" das pensões no próximo ano.
Num momento em que o debate quinzenal trouxe para o hemiciclo as negociações que ainda decorrem, Catarina Martins abriu o jogo do BE, admitindo que o seu partido está disposto a aceitar aumentos diferenciados para os vários escalões de reformas – ao contrário do PCP que tem insistido no aumento de 10 euros para todos -, mas reforçando a ideia de que os 10 euros serão a forma de aumentar de forma real as pensões.
Frisando a ideia de que o próximo Orçamento tem de ser "um passo em frente" no sentido da justiça, Catarina Martins, assumiu que"ficará muito claro onde concordamos e onde discordamos".
A líder do BE voltou, assim, a deixar a porta aberta para que as questões que ainda não foram fechadas na negociações à esquerda sejam afinadas na discussão do Orçamento na especialidade.