Na proposta de Orçamento de Estado para 2017, o Executivo de António Costa compromete-se com um taxa de desemprego de 10,3%, com a economia a crescer 1,5%. Já o défice deverá rondar 1,6% no próximo ano.
Estes são os principais dados do cenário marcoeconómico do documento que foi entregue esta sexta-feira no Parlamento.
De acordo com Mário Centeno, há uma revisão em baixa da taxa de desemprego "quer em 2016, quer em 2017. O emprego está a crescer mais do que aquilo que nós tínhamos pensado no otimista exercício orçamental de 2016".
O Governo prevê assim que esta taxa desça de 11,2% este ano para 10,3% em 2017.
Já em relação à taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) será de 1,5%, mais do que este ano, em que a taxa deverá ficar perto de 1%.
Já em relação ao défice, o Governo compromete-se com défice de 1,6%. Ainda assim, o Executivo de Costa admite que, este ano, o défice público deverá rondar os 2,4%.
Receita fiscal sobe
O Executivo espera que a receita fiscal acelere no próximo ano e cresça 2,8% para 47.601 milhões de euros, face à estimativa de cobrança para este ano. A proposta de Orçamento do Estado para 2017 prevê que as receitas com impostos cresçam 1,7%. Os novos impostos sobre o património e refrigerantes representam cerca 0,5% da receita fiscal, ou seja, 238 milhões de euros.
O novo IMI vai valer 160 milhões de euros e a taxa sobre os refrigerantes deverá permitir arrecadar 80 milhões de euros.