“Muitos médicos mais velhos estão numa situação difícil, sozinhos e com pensões muito baixas”

“Muitos médicos mais velhos estão numa situação difícil, sozinhos e com pensões muito baixas”


Álvaro Beleza candidata-se a bastonário com a ideia de fazer da ordem uma entidade reguladora da qualidade dos serviços de saúde.


Ficou com o rótulo de segurista colado à pele, mas agora evita falar da vida partidária do PS. Recebe o i no Hospital de Santa Maria, de bata branca vestida, para falar da sua candidatura à Ordem dos Médicos. Diz que sairá da direção socialista caso seja eleito bastonário, mas a política nunca sai da conversa nem da sua vida. Desde pequeno que se habituou a ver medicina e política de mãos dadas. Aprendeu com o bisavô que foi médico, revolucionário e morreu pobre.

A candidatura à Ordem dos Médicos significa uma pausa na carreira política?

Eu não tenho carreira política. Tenho carreira médica. Aliás, tenho o orgulho de estar no topo da carreira médica. Fiz todas as provas públicas. Sou chefe de serviço, assistente sénior. Não encaro a política nem como carreira nem como vida, mas sim como atividade. Acho que toda a gente devia ter participação política. E os médicos tiveram sempre essa tradição: Miguel Bombarda, um grande republicano que foi assassinado pouco antes da República; António José de Almeida; o prof. Egas Moniz, que foi prémio Nobel da Medicina e ministro dos Negócios Estrangeiros; o prof. João Lobo Antunes, um neurocirurgião que foi conselheiro de Estado e um homem da cultura.

 

Leia a entrevista na íntegra na edição impressa do i desta terça-feira