O kabaddi, desporto proveniente da Índia, tem mais de quatro mil anos. Mas só este domingo é que Portugal recebeu a primeira competição do desporto de luta, no Parque de Jogos 1º de Maio, no Inatel de Alvalade. Em prova estavam seis seleções. Portugal entre Espanha, Alemanha, França Holanda e Bélgica. E a seleção portuguesa, composta por jogadores de origem indiana, foi a grande vencedora.
Campo Circular No campo, de relva sintética, um círculo de 12.5 metros por 10 define a arena de jogo. Dividida ao meio, o foco do jogo passa-se nos dois lados (à vez, é certo) e a olhar para a bancada parece que de um jogo de ténis se trata. Cabeça para um lado, cabeça para outro. Depois de atirar a moeda ao ar – tal como no futebol – as seleções assumem a sua metade do campo.
Regras do Jogo São 7 jogadores de cada lado. Os atacantes são conhecidos como ‘raiders’ e os defensores definem-se de ‘korks’. O objetivo depois é simples. O ‘raider’ entra na metade do campo adversário e tem de tentar tocar num dos (quatro) adversário e voltar à sua metade do campo em menos de 30 segundos. Se for bem-sucedido conquista um ponto para a sua equipa. Se o ‘kork’ conseguir travar o ataque, impedindo o ‘raider’ de regressar até ao seu lado do campo – e aqui que há muitas cenas a lembrar o wrestling pelo meio – o ponto fica entregue à equipa que defendeu o ataque.
As equipas revezam-se para mandar um ‘raider’ que tem regras a cumprir. Para conquistar o ponto o ‘raider’ deve inspirar e voltar ao seu lado sem voltar a fazê-lo. Para provar ao árbitro que está a cumprir esse requisito o atacante deve gritar – constantemente – a palavra kadabbi até regressar para junto da sua equipa.
O jogo tem uma duração de quarenta minutos, que se dividem em duas partes. Vinte minutos de cada, com cinco de descanso. No intervalo – tal como no desporto rei – trocam-se os campos.
Portugal venceu a Holanda e a Alemanha, “a equipa mais forte”, de acordo com um adepto, fã da modalidade, até chegar à final.
No fim uma repetição do Campeonato da Europa, França contra Portugal. E tal como na final francesa, Portugal levantou o caneco. Desta vez, em casa.