O Norte levou para casa as Taças Nini Guedes Queiroz e Visconde de Pereira Machado, os troféus referentes ao Campeonato Nacional de Clubes Solverde, que a Federação Portuguesa de Golfe organizou durante quatro dias no Montado Hotel & Golf Resort, em Palmela.
O torneio feminino (Taça Nini Guedes Queiroz) contou apenas com três equipas inscritas e não foi uma grande surpresa que o Club de Golf de Miramar, sediado em Vila Nova de Gaia, tivesse somado o tricampeonato.
Já a competição masculina (Taça Visconde de Pereira Machado) suscitou mais competitividade, entre 16 conjuntos, e o Oporto Golf Club, sagrou-se campeão nacional pela sétima vez, mas embora fizesse parte do lote de favoritos, não deixa de ser de assinalar de o clube de Espinho não vencia desde 2010 e sucedeu a uma série de quatro títulos seguidos do Club de Golf de Vilamoura.
Miramar derrotou o Quinta do Peru Golf & Country Club por 3-2 numa final feminina emocionante, enquanto o Oporto impôs-se mais facilmente a Miramar por 5,5-1,5 na final masculina.
A equipa feminina de Miramar foi capitaneada por Benedita Mendes Ribeiro (mãe da campeã nacional de profissionais, Susana Ribeiro) e treinada por Nelson Ribeiro, alinhando com as jogadoras Leonor Bessa, Joana Silveira, Inês Barbosa, Rita Costa Marques e Ana Costa Rodrigues (suplente).
O título só surgiu no último duelo, quando a campeã nacional amadora, Joana Silveira, de 16 anos, derrotou Leonor Medeiros, de 13 anos, por 1 buraco, ou seja, foi preciso chegar ao último buraco da final para que Miramar pudesse qualificar-se de novo para o Europeu de Clubes de 2017, depois de no ano passado ter ficado em 3º lugar nessa “liga dos campeões” de golfe.
O conjunto masculino do Oporto foi capitaneado por Miguel Montenegro, treinado por Eduardo Maganinho e apresentou os jogadores Manuel Violas Jr., Thomas Perkins, João Pedro Maganinho, Vasco Alves, Tiago Rodrigues, Afonso Girão e Henrique Barros (suplente).
Os novos campeões nacionais e representantes de Portugal no Europeu de clubes de 2017 ganharam logo os dois pontos da final, os de pares (foursomes), e também somaram para o seu lado os dois primeiros duelos de singulares, pelo que foi um triunfo sem contestação. Bem mais complicada tinha sido a meia-final diante do Lisbon Sports Club por 4-3, recuperando de uma desvantagem de 0-2. Note-se que Miramar já tinha sido vice-campeão masculino em 2015, perdendo na final com Vilamoura.
Como escreveu o site especializado “Golftattoo”, o «Oporto, campeão também em 1978, 1979, 1982, 1983 e 1999, sucedeu na lista dos vencedores a Vilamoura, que havia vencido as última quatro edições e procurava aqui o primeiro pentacampeonato da competição e o recorde de 17 vitórias no torneio (está empatado com o Club de Golf do Estoril em 16), mas que foi eliminado de forma expressiva por Miramar nas meias-finais».
Tiago Rodrigues despediu-se em beleza de uma carreira amadora que o levou a jogar e competir nos Estados Unidos, no circuito universitário. Este foi o seu último torneio como amador, vai tornar-se profissional e será já com esse estatuto que irá disputar o Campeonato Nacional PGA Solverde, de 21 a 23 de setembro, no seu Oporto Golf Club.
Um aspeto importante deste 53º Campeonato Nacional de Clubes Solverde prendeu-se com o facto dos dois clubes que saíram com o estatuto de campeões nacionais terem levado a cabo a longo da época um sistema de qualificação que culminou num ranking interno. As suas equipas (no caso de Miramar em ambos os sexos) privilegiaram os jogadores melhor classificados nesse ranking interno, estabelecendo uma meritocracia e uma saudável competição entre os sócios e atletas de cada um desses clubes.