“Mangy Love” (oitavo disco e primeiro pela Anti-) é a nova sessão de terapia do californiano, sim, que o que McCombs faz é tentar suportar a imundície da humanidade através da sua música doce. E nós imitamos: acreditar numa imagem mais digna através de Cass McCombs.
Esta folk sonhadora ora serve para criticar a indústria militar norte--americana, ora o machismo em 2016. Bonito sistema de recompensa que não se deve apenas à genialidade das suas letras, “Mangy Love” é dos materiais mais prolíficos que já fez, vai a um rock-caribe viciante como em “Run Sister Run”, vai ao espírito soul em “Opposite House” – onde conta com a voz de Angel Olsen – desfaz-se num manifesto lo-fi com riff quase stoner. Cass McCombs, quando nasce, é para todos.