Nessa missiva, o BCE afirma que a CGD se prepara para ter administradores a mais, que os cargos de presidente do conselho de administração e de presidente da comissão Executiva não se devem confundir e que os membros do Conselho de Administração devem ter experiência na banca e não ter conflitos de interesses de qualquer natureza.
Para finalizar, o BCE recomenda que a CGD apresente um plano alternativo à recapitalização pública. É caso para dizer que caiu o Carmo e a Trindade. E caiu, porque a CGD é há muito tempo Portugal no seu melhor. O baluarte do modelo económico que nos trouxe ao momento presente. Um banco público que cometeu os erros da banca privada, nunca dando o melhor exemplo, e que se reduziu a um mero instrumento das políticas governamentais.
Não há dia em que não se fale dos interesses instalados. Ora, fixem-se na CGD e encontrá--los-ão no seu esplendor. Claro que não é conveniente falar-se disto. É que, se através da CGD a elite política e empresarial controla e dirige o país, o que aconteceria se tal terminasse? Como é que um país que tem vivido desta maneira sobreviveria? A Europa foi boa quando o dinheiro entrava. Pouco se fez. O preço paga-se com desemprego e as demais preocupações que o povo conhece; já o fim do banco público, isso é inaceitável. Há que resistir a Bruxelas que nós pagamos.