Contra a portugalização da CPLP II


A CPLP é um dos poucos instrumentos de que dispomos para que tal regresso às nossas origens se concretize


“De erro em erro, vai-se descobrindo toda a verdade.”
Sigmund Freud

Devemos como portugueses e como povo que acredita e assume a CPLP como uma organização internacional importante para a defesa dos interesses de Portugal, para as próximas décadas, contrariar todas as tentativas formais e informais de portugalizar esta organização internacional, onde Portugal, tem interesses e objetivos estratégicos, para o nosso futuro coletivo, sobretudo económico, social e político, diplomático e cultural. Ao fazê-lo, estaremos a defender os interesses de Portugal e do chamado espaço lusófono da CPLP. Apesar, de como já referi e fundamentei, nos últimos anos, em vários fóruns, ao fazê-lo, estaremos também a seguir o histórico da nossa diplomacia, que é o de defendermos os superiores interesses de Portugal e dos portugueses, sem abdicar de questões basilares da nossa política externa. E ao falarmos de espaço lusófono e de lusofonia, deveremos ser cada vez mais cuidadosos e realistas. Porque a expressão espaço lusófono e a palavra lusofonia, estão a deixar de ser consensuais e antes pelo contrário, países, como Moçambique, já não são vistos, como muito mobilizadores e integradores. Como já foi referido, a CPLP não pode ficar focalizada, como a organização da língua portuguesa de há vinte anos. Tem de se adaptar a uma nova realidade e conjuntura internacional. Onde os pilares económicos e sociais, assumem cada vez maior importância no domínio da geopolítica e da geoeconomia. Portugal e os outros Estado membros da CPLP, devem assumir o que outros países, como os EUA, a França, a Inglaterra, o Canadá, o Japão e outros fazem. E não ficarmos prisioneiros de uma visão e atitude restritiva no domínio da política externa. Por isso também, a portugalização da CPLP é um erro. E a nossa soberba, a nossa hipocrisia só para garantir uns votos em Portugal, nesta matéria, são um passaporte para o esfriar das relações entre os povos e os países da CPLP, que neste particular, olham para nós, cada vez mais, como os novos colonialistas, por via da agenda da CPLP. Depois da CPLP, mais nenhuma organização internacional foi criada com base na língua, em todo o mundo. O critério linguístico por si só deixou de fazer sentido. Outras organizações já existentes, com base nesse critério, adaptaram-se e alteraram a sua composição e os seus objetivos estratégicos. É que o mundo mudou muito nas últimas décadas. É também por isso que uma organização como a CPLP, para ser útil a todos os seus povos e países, tem de se adaptar, para não morrer e ser dispensável. A CPLP tem de se refundar, alterar a sua organização, o seu funcionamento, o seu relançamento, a sua composição territorial e estadual, com o reforço de novos membros e de melhor orçamento, para ir ao encontro dos povos que representa. Em particular, para promover o seu melhor desenvolvimento económico e social. Daí que deva ter uma nova visão estratégica, com base em critérios, não só linguísticos. Antes pelo contrário. O seu pendor de organização económica tem de se acentuar. Para os atuais Estados e para os futuros Estados e também cidades, que a ela venham a aderir. Só assim fará sentido que ao nível das políticas externas de vários países, a CPLP, deva ser uma prioridade. De todos. E para todos. Ainda por cima num mundo cada vez menos europeu e ocidental, que está cada vez mais farto da unipolarização ocidental e europeia e do seu poder normativo impositivo. Daí que deva fazer sentido contrariar-se a portugalização da CPLP.  Alimentada por pessoas que nada sabem e pouco fazem pela organização e que estão fora da realidade. Talvez por isso faça sentido, ouvir, ler e estudar, pessoas como Henry Kissinger, Joshua Fisher, António Monteiro, Paulo Portas, Durão Barroso e outros. Que como poucos nos podem ensinar e focar naquilo que verdadeiramente conta e não conta, na CPLP. De uma coisa estou certo, o projeto de Portugal enquanto nação não se esgota na Europa. Antes pelo contrário, Portugal vai ter de regressar cada vez mais às suas origens de povo e de nação que cruzou relacionamento com povos e civilizações dos quatro cantos do mundo. A CPLP é um dos poucos instrumentos de que dispomos para que tal regresso às nossas origens se concretize.

Escreve à segunda-feira 


Contra a portugalização da CPLP II


A CPLP é um dos poucos instrumentos de que dispomos para que tal regresso às nossas origens se concretize


“De erro em erro, vai-se descobrindo toda a verdade.”
Sigmund Freud

Devemos como portugueses e como povo que acredita e assume a CPLP como uma organização internacional importante para a defesa dos interesses de Portugal, para as próximas décadas, contrariar todas as tentativas formais e informais de portugalizar esta organização internacional, onde Portugal, tem interesses e objetivos estratégicos, para o nosso futuro coletivo, sobretudo económico, social e político, diplomático e cultural. Ao fazê-lo, estaremos a defender os interesses de Portugal e do chamado espaço lusófono da CPLP. Apesar, de como já referi e fundamentei, nos últimos anos, em vários fóruns, ao fazê-lo, estaremos também a seguir o histórico da nossa diplomacia, que é o de defendermos os superiores interesses de Portugal e dos portugueses, sem abdicar de questões basilares da nossa política externa. E ao falarmos de espaço lusófono e de lusofonia, deveremos ser cada vez mais cuidadosos e realistas. Porque a expressão espaço lusófono e a palavra lusofonia, estão a deixar de ser consensuais e antes pelo contrário, países, como Moçambique, já não são vistos, como muito mobilizadores e integradores. Como já foi referido, a CPLP não pode ficar focalizada, como a organização da língua portuguesa de há vinte anos. Tem de se adaptar a uma nova realidade e conjuntura internacional. Onde os pilares económicos e sociais, assumem cada vez maior importância no domínio da geopolítica e da geoeconomia. Portugal e os outros Estado membros da CPLP, devem assumir o que outros países, como os EUA, a França, a Inglaterra, o Canadá, o Japão e outros fazem. E não ficarmos prisioneiros de uma visão e atitude restritiva no domínio da política externa. Por isso também, a portugalização da CPLP é um erro. E a nossa soberba, a nossa hipocrisia só para garantir uns votos em Portugal, nesta matéria, são um passaporte para o esfriar das relações entre os povos e os países da CPLP, que neste particular, olham para nós, cada vez mais, como os novos colonialistas, por via da agenda da CPLP. Depois da CPLP, mais nenhuma organização internacional foi criada com base na língua, em todo o mundo. O critério linguístico por si só deixou de fazer sentido. Outras organizações já existentes, com base nesse critério, adaptaram-se e alteraram a sua composição e os seus objetivos estratégicos. É que o mundo mudou muito nas últimas décadas. É também por isso que uma organização como a CPLP, para ser útil a todos os seus povos e países, tem de se adaptar, para não morrer e ser dispensável. A CPLP tem de se refundar, alterar a sua organização, o seu funcionamento, o seu relançamento, a sua composição territorial e estadual, com o reforço de novos membros e de melhor orçamento, para ir ao encontro dos povos que representa. Em particular, para promover o seu melhor desenvolvimento económico e social. Daí que deva ter uma nova visão estratégica, com base em critérios, não só linguísticos. Antes pelo contrário. O seu pendor de organização económica tem de se acentuar. Para os atuais Estados e para os futuros Estados e também cidades, que a ela venham a aderir. Só assim fará sentido que ao nível das políticas externas de vários países, a CPLP, deva ser uma prioridade. De todos. E para todos. Ainda por cima num mundo cada vez menos europeu e ocidental, que está cada vez mais farto da unipolarização ocidental e europeia e do seu poder normativo impositivo. Daí que deva fazer sentido contrariar-se a portugalização da CPLP.  Alimentada por pessoas que nada sabem e pouco fazem pela organização e que estão fora da realidade. Talvez por isso faça sentido, ouvir, ler e estudar, pessoas como Henry Kissinger, Joshua Fisher, António Monteiro, Paulo Portas, Durão Barroso e outros. Que como poucos nos podem ensinar e focar naquilo que verdadeiramente conta e não conta, na CPLP. De uma coisa estou certo, o projeto de Portugal enquanto nação não se esgota na Europa. Antes pelo contrário, Portugal vai ter de regressar cada vez mais às suas origens de povo e de nação que cruzou relacionamento com povos e civilizações dos quatro cantos do mundo. A CPLP é um dos poucos instrumentos de que dispomos para que tal regresso às nossas origens se concretize.

Escreve à segunda-feira