Ronaldo. Todo um ketchup de recordes

Ronaldo. Todo um ketchup de recordes


É como manda qualquer bom português: o madeirense sofreu mas bisou frente aos húngaros, uma vez de calcanhar e outra de cabeça.


O dia de ontem começou com Cristiano Ronaldo a enviar um microfone de um jornalista português para o lago e terminou com a passagem de Portugal aos oitavos-de-final do Europeu depois de empatar com a Hungria (3-3). E como bem sabemos, se o dia tem 24 horas, nunca será tarde para desfazer os erros que se cometem. Ou seja, não é como começa, mas sim como acaba (para já, claro).

O madeirense ainda não tinha feito qualquer golo em França, falhou um penálti diante da Áustria (0-0), e levou com um banho de críticas da imprensa internacional. Foi preciso chegar a  Lyon para bisar e quebrar uma série de recordes.

O primeiro de todos, e aquele que o coloca no Olimpo dos futebolistas dos mundiais e de europeus é este: é o primeiro jogador a marcar em quatro fases finais de Europeus. Começou em 2004 com dois golos  a jogar em casa, mais um em 2008, três há quatro anos e agora dois em solo francês – bisou diante dos húngaros, algo que aconteceu pela segunda vez, a primeira foi diante da Holanda em 2012. Nada mau, leia-se. É também dele outro dado interessante para deixar os futebolistas europeus cheios de inveja – CR7 é o primeiro europeu a marcar em sete fases finais (Mundiais e Euros).

Se Ronaldo já se tinha tornado o português mais internacional de sempre diante dos austríacos – tem 128 jogos com a camisola das quinas, ficando à frente de Luís Figo, com menos uma – ontem conseguiu ultrapassar outra lenda do futebol português, Eusébio. Leva 11 golos em fases finais (Mundiais e Euros), ultrapassando o “pantera negra” que tinha nove golos.

O ketchup de recordes não se fica por aqui. Na lista de melhores marcadores em europeus, o craque do Real Madrid ultrapassou Alan Shearer e passou a ser o segundo melhor marcador de sempre em Euros – fica assim a um de Michel Platini. Para além do inglês deixa para trás nomes como Zlatan Ibrahimovic, Van Nisterlooy, Thierry Henry ou Nuno Gomes.

Vamos então ao último dos recordes. Desde ontem que passou a ser o jogador com mais jogos nesta competição (17). Pronto, já sabendo tudo isto  – e mais tantos outros números impressionantes que Ronaldo tem no clube merengue – está na hora de serenar a crítica. Siii. Ou não, porque não é que tenha de deixar de existir, já que, como muitos escreveram nas redes sociais, foram os lápis e caracteres enervados que irritaram o português para que começasse realmente a demonstrar porque é um dos melhores do mundo. Mas lá está, o dia de CR7 começou mal mas acabou bem. Resta saber se no próximo sábado diante da Croácia, também haverá motivos de irritação para que Ronaldo (e Portugal) voltem a dormir descansados.