Haja Zeus


A belíssima Europa era filha de Agenor, rei da Fenícia. 


O prolífico Zeus, filho de Cronos e pai dos deuses, encarnado em touro, símbolo da fertilidade, um belíssimo touro branco, raptou-a por amor e paixão, levando-a para Creta, onde a deixou, depois, mãe de Minos e de mais dois filhos. Minos casou com Pasífae, a mãe de Minotauro, escondido pelo ciúme de Minos. O labirinto desenhado por Dédalo nunca seria suficientemente eficaz para guardar em segredo a verdadeira natureza de uma paixão de deuses. Zeus e Europa tinham sido perfeitos. Mas Pasífae, talvez nem tanto. 

Entre mitologia e história, e talvez fosse importante não dissociá-las, a rainha Europa daria o nome a um continente que deu ao mundo uma civilização assinalável. Um farol de progresso social, económico e cultural. E também, ainda que à custa das piores atrocidades e de muitas vidas ceifadas, uma paz relativa de 71 anos, com um Parlamento Europeu eleito no contexto de uma união europeia, tanto quanto se diz, mas que parece não convencer. E voltamos ao mito, precisamente neste tempo, nesta nova era de globalização económica e financeira, que trouxe agora o efeito da força real da demografia que falece na Europa, embora haja quem não queira entender o que a sra. Merkel já entendeu perfeitamente. A oriente, tudo de novo, a oeste, nada de novo, e, no meio disto tudo, os Estados Unidos. Será que a Europa necessita de outro Zeus que a ressuscite? Os britânicos são sempre os mais desconfiados, assim lhes ensinou a história, entende-se. Mas sempre lhes adivinhei bom senso. Brexit ou não, algo se mexe na “fenícia princesa”.

Escreve à terça-feira


Haja Zeus


A belíssima Europa era filha de Agenor, rei da Fenícia. 


O prolífico Zeus, filho de Cronos e pai dos deuses, encarnado em touro, símbolo da fertilidade, um belíssimo touro branco, raptou-a por amor e paixão, levando-a para Creta, onde a deixou, depois, mãe de Minos e de mais dois filhos. Minos casou com Pasífae, a mãe de Minotauro, escondido pelo ciúme de Minos. O labirinto desenhado por Dédalo nunca seria suficientemente eficaz para guardar em segredo a verdadeira natureza de uma paixão de deuses. Zeus e Europa tinham sido perfeitos. Mas Pasífae, talvez nem tanto. 

Entre mitologia e história, e talvez fosse importante não dissociá-las, a rainha Europa daria o nome a um continente que deu ao mundo uma civilização assinalável. Um farol de progresso social, económico e cultural. E também, ainda que à custa das piores atrocidades e de muitas vidas ceifadas, uma paz relativa de 71 anos, com um Parlamento Europeu eleito no contexto de uma união europeia, tanto quanto se diz, mas que parece não convencer. E voltamos ao mito, precisamente neste tempo, nesta nova era de globalização económica e financeira, que trouxe agora o efeito da força real da demografia que falece na Europa, embora haja quem não queira entender o que a sra. Merkel já entendeu perfeitamente. A oriente, tudo de novo, a oeste, nada de novo, e, no meio disto tudo, os Estados Unidos. Será que a Europa necessita de outro Zeus que a ressuscite? Os britânicos são sempre os mais desconfiados, assim lhes ensinou a história, entende-se. Mas sempre lhes adivinhei bom senso. Brexit ou não, algo se mexe na “fenícia princesa”.

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