A última inspeção ao Colégio Militar foi realizada em maio e a conclusão do inquérito que saiu desse trabalho aponta para a inexistência de "situações discriminatórias" na institução..
Em comunicado, o Exército refere que a inspeção "não identificou quaisquer evidências da existência de situações discriminatórias, motivadas por questões raciais, religiosas, sexuais, com base na orientação sexual ou por outros fatores”. A investigação ao Colégio Militar foi realizada depois de o sub-diretor, o Tenente-coronel José Ruivo Grilo, ter referido que os alunos que manifestem orientações homossexuais correm o risco de ser "excluídos" pelos colegas.
A inspeção não encontrou razões que comprovem a existência de discriminação no Colégio Militar, mas sublinha a necessidade de a instituição implementar algumas medidas que previnam essa possibilidade, reforçando os meios de "deteção de quaisquer situações de discriminação".
O Exército anuncia ainda a realização de "estudo aprofundado, com envolvimento do Centro de Psicologia Aplicada do Exército, do Colégio Militar e dos Encarregados de Educação". Um trabalho que vai focar as questões da discriminação e do bullying.
Mas, apesar de não terem sido detetadas situações de discriminação, o comunicado do Exército aponta a criação de um grupo de trabalho que terá a responsabilidade de "proceder à revisão dos regulamentos internos no sentido de reforçar a mitigação de eventuais riscos que possam conduzir a qualquer forma de discriminação ou que possam colidir com outros valores centrais definidos na Lei e na Constituição da República Portuguesa".