Um puxão de orelhas a Fernando Medina


“É evidente que se vive em Lisboa a apressada intenção de Medina de deixar marca”


Não é só com o caos provocado pelo excesso de obras e pelo frenesim eleitoral que Medina tem de se preocupar. Dentro da alargada coligação que herdou de António Costa, os problemas de relacionamento assumiram uma dimensão pública pela voz do vereador de Helena Roseta, João Afonso. 

“Medina não é Costa” diz o responsável pelos Direitos Sociais, sugerindo que as diferenças entre ambos existem e para pior. Para ele, se Medina é mais organizado, é inquestionavelmente pior gestor de consensos e menos atento à necessidade de confluência entre os membros da sua equipa. 

Acusa o PS lisboeta de viver um “momento estranho” cuja preocupação é atender ao PCP e BE, e não cumprir o acordo que tem com o movimento de Roseta. Diz que a discussão dos projetos que acordaram não está a ser feita, relembrando a Medina que “a lista do PS ganhou, mas a câmara tem seis vereadores independentes”.

Afonso tem razão. É evidente que se vive em Lisboa a apressada intenção de Medina de deixar marca. Medina não quer ser visto como aquilo que é, um herdeiro de Costa, e essa sua vaidade pessoal não só nos provoca um caos diário como já se reflete na grande coligação que governa Lisboa.

Claro que não faltou tempo para umas palavras sobre a possibilidade de Santana Lopes poder vir a ser candidato à CML. Diz Afonso que isso é sinónimo de dívida, de piscinas vazias e de um túnel que não serve quem mora em Lisboa. Podia ter falado no Jardim do Arco do Cego, no condicionamento do trânsito em Alfama e no Bairro Alto, na oferta de estacionamento na cidade, em Monsanto e num inúmero conjunto de melhorias de Santana, mas não. Comeu e debitou o sound bite fácil e já preparado para essa eventualidade. Mas como disse há dias o seu antigo chefe, a estrada da Beira e a beira da estrada não são a mesma coisa, pois não? 

Escreve à segunda-feira 

 

Um puxão de orelhas a Fernando Medina


"É evidente que se vive em Lisboa a apressada intenção de Medina de deixar marca"


Não é só com o caos provocado pelo excesso de obras e pelo frenesim eleitoral que Medina tem de se preocupar. Dentro da alargada coligação que herdou de António Costa, os problemas de relacionamento assumiram uma dimensão pública pela voz do vereador de Helena Roseta, João Afonso. 

“Medina não é Costa” diz o responsável pelos Direitos Sociais, sugerindo que as diferenças entre ambos existem e para pior. Para ele, se Medina é mais organizado, é inquestionavelmente pior gestor de consensos e menos atento à necessidade de confluência entre os membros da sua equipa. 

Acusa o PS lisboeta de viver um “momento estranho” cuja preocupação é atender ao PCP e BE, e não cumprir o acordo que tem com o movimento de Roseta. Diz que a discussão dos projetos que acordaram não está a ser feita, relembrando a Medina que “a lista do PS ganhou, mas a câmara tem seis vereadores independentes”.

Afonso tem razão. É evidente que se vive em Lisboa a apressada intenção de Medina de deixar marca. Medina não quer ser visto como aquilo que é, um herdeiro de Costa, e essa sua vaidade pessoal não só nos provoca um caos diário como já se reflete na grande coligação que governa Lisboa.

Claro que não faltou tempo para umas palavras sobre a possibilidade de Santana Lopes poder vir a ser candidato à CML. Diz Afonso que isso é sinónimo de dívida, de piscinas vazias e de um túnel que não serve quem mora em Lisboa. Podia ter falado no Jardim do Arco do Cego, no condicionamento do trânsito em Alfama e no Bairro Alto, na oferta de estacionamento na cidade, em Monsanto e num inúmero conjunto de melhorias de Santana, mas não. Comeu e debitou o sound bite fácil e já preparado para essa eventualidade. Mas como disse há dias o seu antigo chefe, a estrada da Beira e a beira da estrada não são a mesma coisa, pois não? 

Escreve à segunda-feira