Gravidez não é doença, mas parece


As mulheres de direita são honestas e sabem que o seu verdadeiro emprego é serem mães a tempo inteiro, e não pedem licenças aos maridos para não fazerem nenhum e receberem por isso 


As redes sociais alimentam-se de indignações. Qualquer dia ganham uma úlcera nos megabytes. A mais recente concerne ao despedimento de uma funcionária de um call center, alegadamente por se encontrar grávida. Coloquei a palavra “alegadamente” e já se eriçaram os pelos aos esquerdalhos. Portanto, vou retirar e falar-vos de igualdade. Uma funcionária de um call center foi despedida em nome da igualdade por se encontrar grávida. É verdade!

Sei que é difícil para a maior parte de vocês, seja por incapacidade intrínseca ou por ser preferível não assumir responsabilidades, mas coloquem-se do lado de quem emprega. Enquanto empresários, constroem uma empresa com o vosso capital, criam valor para a economia e, de forma benévola, decidem empregar pessoas a termo certo. Essas pessoas têm todas as mesmas funções e recebem por igual. Certo dia, uma dessas pessoas, neste caso uma mulher, anuncia que está grávida. É uma grande notícia para a demografia nacional, mas uma péssima notícia para vocês, enquanto empresários.

A partir daqui sabem que vão ter um colaborador em défice de atenção, menos produtivo por causa do aumento de peso, e o trabalho já não é o seu principal interesse. No entanto, continua a receber o mesmo que os outros colaboradores, homens e mulheres que não engravidaram e que continuam a produzir como tem de ser.

Entretanto, nasce o bebé. A mãe fica em casa e tem de se contratar outra pessoa, dar-lhe formação e ser frio o suficiente para lhe dizer que só terá trabalho enquanto uma senhora irresponsável fica em casa a cuidar de um bebé. É desumano! As pessoas que substituem grávidas e puérperas merecem outro tipo de tratamento.

Quando estas regressam ao trabalho, têm direito a trabalhar menos do que os outros e a receber o mesmo. Imaginem a desilusão do pobre patrão, que é enganado friamente na entrevista quando pergunta à mulher se faz tenções de ter filhos em breve, como é sua obrigação como pessoa que zela pelo bem do seu negócio, e ela responde-lhe que não porque está focada na carreira e, após o período experimental, revela que está grávida.

Expliquem-me que tipo de espírito de equipa se pode ter quando há uma pessoa que faz menos do que os outros e ainda beneficia disso. Ainda por cima, vai passar a vida a chatear toda a gente, a falar do seu bebé e a encher o seu espaço de trabalho de fotografias do rebento, o que, para além de uma distração, vai causar tristeza às senhoras que ainda não tiveram o privilégio de serem escolhidas por um homem para as fecundar. O problema não é elas estarem deprimidas. É a vida e, se um homem não se interessou por elas, não é por acaso. O problema é que uma mulher frustrada e amargurada é pouco produtiva e cria um mau ambiente para todos.

Agora digam-me: acham justo que, enquanto empresários, tenham de aturar grávidas? Quando pensaram em abrir a vossa empresa, o vosso sonho era aturar enjoos no trabalho e estar sem funcionários durante não sei quantos meses de licença de maternidade? Digo isto em nome da igualdade. Uma mulher, já que decidiu ingressar no mercado de trabalho, é igual a um homem. Que igualdade é esta? Ainda se tivesse estatuto de deficiente, enquanto estivesse grávida e no primeiro ano de maternidade, ainda percebia. Havia enquadramento legal para as grávidas. Agora, haver direitos especiais é que não. Já não vivemos em ditadura e muito menos numa aristocracia de mamãs.

As mulheres de direita são honestas e sabem que o seu verdadeiro emprego é serem mães a tempo inteiro, e não pedem licenças aos maridos para não fazerem nenhum e receberem por isso. Amamentar é, por si só, um ato gratuito que não tem de ser pago por um patrão. Ao exigirem ser pagas enquanto estão a amamentar, estão a tratar os seus bebés como reféns, como quem diz “se não me pagas, não amamento o meu bebé”. É sabido que o leite materno é essencial para o desenvolvimento do sistema imunitário do bebé, por isso é cruel as mulheres usarem os seus bebés como ferramenta negocial para sacarem mais um bocadinho aos patrões.

O melhor comentador da atualidade

Gravidez não é doença, mas parece


As mulheres de direita são honestas e sabem que o seu verdadeiro emprego é serem mães a tempo inteiro, e não pedem licenças aos maridos para não fazerem nenhum e receberem por isso 


As redes sociais alimentam-se de indignações. Qualquer dia ganham uma úlcera nos megabytes. A mais recente concerne ao despedimento de uma funcionária de um call center, alegadamente por se encontrar grávida. Coloquei a palavra “alegadamente” e já se eriçaram os pelos aos esquerdalhos. Portanto, vou retirar e falar-vos de igualdade. Uma funcionária de um call center foi despedida em nome da igualdade por se encontrar grávida. É verdade!

Sei que é difícil para a maior parte de vocês, seja por incapacidade intrínseca ou por ser preferível não assumir responsabilidades, mas coloquem-se do lado de quem emprega. Enquanto empresários, constroem uma empresa com o vosso capital, criam valor para a economia e, de forma benévola, decidem empregar pessoas a termo certo. Essas pessoas têm todas as mesmas funções e recebem por igual. Certo dia, uma dessas pessoas, neste caso uma mulher, anuncia que está grávida. É uma grande notícia para a demografia nacional, mas uma péssima notícia para vocês, enquanto empresários.

A partir daqui sabem que vão ter um colaborador em défice de atenção, menos produtivo por causa do aumento de peso, e o trabalho já não é o seu principal interesse. No entanto, continua a receber o mesmo que os outros colaboradores, homens e mulheres que não engravidaram e que continuam a produzir como tem de ser.

Entretanto, nasce o bebé. A mãe fica em casa e tem de se contratar outra pessoa, dar-lhe formação e ser frio o suficiente para lhe dizer que só terá trabalho enquanto uma senhora irresponsável fica em casa a cuidar de um bebé. É desumano! As pessoas que substituem grávidas e puérperas merecem outro tipo de tratamento.

Quando estas regressam ao trabalho, têm direito a trabalhar menos do que os outros e a receber o mesmo. Imaginem a desilusão do pobre patrão, que é enganado friamente na entrevista quando pergunta à mulher se faz tenções de ter filhos em breve, como é sua obrigação como pessoa que zela pelo bem do seu negócio, e ela responde-lhe que não porque está focada na carreira e, após o período experimental, revela que está grávida.

Expliquem-me que tipo de espírito de equipa se pode ter quando há uma pessoa que faz menos do que os outros e ainda beneficia disso. Ainda por cima, vai passar a vida a chatear toda a gente, a falar do seu bebé e a encher o seu espaço de trabalho de fotografias do rebento, o que, para além de uma distração, vai causar tristeza às senhoras que ainda não tiveram o privilégio de serem escolhidas por um homem para as fecundar. O problema não é elas estarem deprimidas. É a vida e, se um homem não se interessou por elas, não é por acaso. O problema é que uma mulher frustrada e amargurada é pouco produtiva e cria um mau ambiente para todos.

Agora digam-me: acham justo que, enquanto empresários, tenham de aturar grávidas? Quando pensaram em abrir a vossa empresa, o vosso sonho era aturar enjoos no trabalho e estar sem funcionários durante não sei quantos meses de licença de maternidade? Digo isto em nome da igualdade. Uma mulher, já que decidiu ingressar no mercado de trabalho, é igual a um homem. Que igualdade é esta? Ainda se tivesse estatuto de deficiente, enquanto estivesse grávida e no primeiro ano de maternidade, ainda percebia. Havia enquadramento legal para as grávidas. Agora, haver direitos especiais é que não. Já não vivemos em ditadura e muito menos numa aristocracia de mamãs.

As mulheres de direita são honestas e sabem que o seu verdadeiro emprego é serem mães a tempo inteiro, e não pedem licenças aos maridos para não fazerem nenhum e receberem por isso. Amamentar é, por si só, um ato gratuito que não tem de ser pago por um patrão. Ao exigirem ser pagas enquanto estão a amamentar, estão a tratar os seus bebés como reféns, como quem diz “se não me pagas, não amamento o meu bebé”. É sabido que o leite materno é essencial para o desenvolvimento do sistema imunitário do bebé, por isso é cruel as mulheres usarem os seus bebés como ferramenta negocial para sacarem mais um bocadinho aos patrões.

O melhor comentador da atualidade