Quantas pessoas trabalham na Benard?
Trinta pessoas. Temos três pasteleiros, que asseguram o fabrico próprio.
Como é a vossa relação com o município?
Só votarei quando vir o candidato a descer o Chiado de saltos altos. E quando perceber que é uma pessoa com o mínimo de noção da realidade, do mundo do negócio.
Mas sente que a zona do Chiado não é protegida?
Estão a tentar transformar [Lisboa] num destino para a classe média da Europa. Entram pessoas aqui só para descansar os pés. Alguns pedem uma sopa e quatro colheres… Temos também a questão da segurança: o Chiado está cheio de ladrões e gatunos. Trabalhei vários anos na Zona Jota e era melhor do que o Chiado. Pago [um serviço de] gratificado à PSP e é muito caro. [A Câmara] devia preocupar-se com as sarjetas, as passadeiras, os táxis, as obras, os prédios devolutos, a segurança… Isto é um todo.
Como têm lidado com a crise?
Começámos a sentir constrangimentos em outubro – as pessoas não sabem com o que contam desde essa altura. Mas continuamos a trabalhar para os portugueses. O estrangeiro é marginal, não nos interessa.