Uma mulher paquistanesa foi presa, esta quarta-feira, no Paquistão depois de queimar viva a filha de 18 anos, alegadamente por a jovem ter enfrentado a família na escolha do futuro marido.
A confirmação deste crime foi feita pela polícia local, adiantando ainda que a morte ocorreu na cidade de Lahore, a 295 quilómetros da capital Islamabade, e que a mãe foi detida no mesmo dia, lê-se hoje na edição online da Inquire.
Parveen Rafiq confessou ter atado a filha, Zeenar Rafiq a um berço, com a ajuda do filho, tendo de seguida derramado óleo sobre a jovem e ateado o fogo, esclareceu a mesma fonte.
Segundo as autoridades policiais Zeenat, Rafiq tinha-se casado a semana passada com Hasan Khan à revelia da família. Há cerca de três dias, a jovem foi visitada pela mãe e um tio para a convencerem a voltar para casa e repetir a cerimónia de casamento em função no tradicionalismo familiar.
Em declarações a televisão local Geo News TV, o marido terá dito que a noiva temia o pior tendo-lhe implorado “não me deixes ir. Eles vão matar-me”.
Perto de mil mulheres são mortas a cada ano nos chamados ‘crimes de honra’, por violação das normas conservadoras impostas em questões como o amor e o casamento.
Na semana passada, por exemplo, a professora Maria Bibi foi violada e queimada viva por se recusar a casar com um homem com o dobro da idade dela.
O principal suspeito deste crime, o pai do homem que Maria rejeitou, encontra-se detido juntamente com mais quatro suspeitos.