Flume tudo quer

Flume tudo quer


Crítica a “Skin” 


Aos 24 anos ai de quem lhe apontar o dedo. Harley Edward Streten é um sobredotado que se fartou de entregar jornais porta à porta e que transformou uma mera caixa de cereais usada na sua primeira mesa de produção.

Fez tudo como devia ser feito, sim, que há coisas que ninguém faz por nós, a curiosidade de carregar em todos os botões e ver o resultado. Daí que aos 20 tenha chegado ao disco homónimo, estreia que subemeteu o seu nome como um dos grandes produtores dos nossos dias.

Agora, na hora da verdade que sempre é o segundo disco de alguém, vai mais longe, só que a distância, neste caso, nem sempre é virtude. É fácil de entender que um jovem talentoso como Flume se tenha tornado, pelo menos aqui, excessivamente ambicioso.

Se é verdade que tem grandes temas, como nas colaborações com Vince Staples, AlunaGeorge e Beck, também parece certo que outros exemplos são mero house sem grande profundidade. Nem sempre se pode ir a todas.