(Des)Reprogramação da nossa educação


O mundo muda, transforma-se e não espera por ti. Borrifa-se para ti. As estações, os anos passam e o tempo vai-se alterando. Os teus filhos, os netos são muito diferentes de ti e tu já não os entendes e eles não te entendem. Os alunos estão diferentes e tu queres que eles façam como tu…


É a globalização. É a economia. É a fraca Educação no mundo de hoje. É a falta de tempo. É o excesso de trabalho. É a falta de dinheiro. São os políticos. São muitos os culpados da tua incapacidade de mudar. E tu lês todos os livros de auto-ajuda; praticas meditação, ioga; frequentas workshops de astrologia; fazes retiros espirituais. Queres fugir deste mundo. Sentes às vezes que nem fazes parte dele. Vives em tensão, em stress, em conflito contigo e com os outros. Ah, os outros, sim, esses são os culpados. São eles os responsáveis. São eles o inferno.

E ali no Facebook confirmas: o mundo anda louco. As pessoas são más. Há algumas boas, claro, que pensam e sentem como tu. Os outros, elimina-los, afasta-los. Estes não são amigos. Estes são os outros… Categorizas a sociedade em bons e maus; nas pessoas que admiras e naquelas que não gostas. O mundo a preto e branco.

Mas o mundo não é assim. O mundo tem escalas de cinzento e até muitas outras cores. Somente precisamos de gastar alguma energia, sair da inércia e da procrastinação e tomar as rédeas, o controlo da única coisa que podes controlar: tu próprio.

Este comportamento humano é generalizado a todos nós. O nosso cérebro tem um funcionamento que rege os nossos comportamentos automatizados, hábitos enraizados que nos impede de alterar as nossas ações quotidianas, o rumo da nossa vida. Na maior parte do tempo, não somos racionais, porque somos regidos por tais automatismos, pelo que mudar é renunciar a hábitos e isso é incómodo, muito desagradável. A neurociência explica muito bem estes fenómenos e é importante que os entendamos para poder agir sobre eles.

As linhas de código de programação inscritas no nosso cérebro condicionam os nossos hábitos. Nascemos e fomos crescendo entre outros seres humanos também eles programados com hábitos ancestrais e profundamente gravados, muitas vezes encriptados. E assim perpetuamos, de geração em geração, as mesmas linhas de código, porque não houve quem nos dissesse que seria possível desprogramar.

Existe então um “botão on/off” da mudança dos nossos hábitos? Se colocarmos o foco no que muda os nossos hábitos, podemos então vislumbrar a possibilidade de alterar os nossos comportamentos perante nós e os outros? Sim e isto significa que podemos modificar o processo de tomada de decisões situado no córtex pré-frontal do nosso cérebro, responsável pelas nossas escolhas e as nossas decisões. Tal como podemos anular as instruções fornecidas a uma máquina para um procedimento automático, assim podemos agir sobre o nosso cérebro.

Podemos finalmente parar de culpabilizar os outros, o governo, o chefe, a esposa, o marido, os filhos, os professores, os alunos, os pais, o mundo pela nossa incapacidade de mudar. Basta desprogramar, desestabilizando o nosso mecanismo de repetição e reescrever novas linhas de código para criar uma nova programação.

É fácil? Não! É extremamente difícil, mas o processo de saída da zona de conforto em direção à nossa transformação interior, ao nosso pensamento são e positivo vale todo o esforço, o dispêndio de todas as energias, porque sairemos da ignorância, abandonamos falsas crenças, preconceitos e paramos de julgar. Esta é a nossa maior e melhor recompensa! Queremos paz. Queremos diminuir o conflito.

A promoção da mudança começa em nós próprios. A nossa educação, por mais e melhor intencionada que tenha sido, foi incorretamente programada. Cabe a cada um de nós mergulhar nas águas mais profundas do nosso cérebro, munidos de todos os utensílios (vontade, ânimo, motivação, energia, persistência, coragem) para iniciar o nosso árduo trabalho de desprogramação para, de uma vez por todas, gerarmos um novo ser em nós: nós próprios.


(Des)Reprogramação da nossa educação


O mundo muda, transforma-se e não espera por ti. Borrifa-se para ti. As estações, os anos passam e o tempo vai-se alterando. Os teus filhos, os netos são muito diferentes de ti e tu já não os entendes e eles não te entendem. Os alunos estão diferentes e tu queres que eles façam como tu…


É a globalização. É a economia. É a fraca Educação no mundo de hoje. É a falta de tempo. É o excesso de trabalho. É a falta de dinheiro. São os políticos. São muitos os culpados da tua incapacidade de mudar. E tu lês todos os livros de auto-ajuda; praticas meditação, ioga; frequentas workshops de astrologia; fazes retiros espirituais. Queres fugir deste mundo. Sentes às vezes que nem fazes parte dele. Vives em tensão, em stress, em conflito contigo e com os outros. Ah, os outros, sim, esses são os culpados. São eles os responsáveis. São eles o inferno.

E ali no Facebook confirmas: o mundo anda louco. As pessoas são más. Há algumas boas, claro, que pensam e sentem como tu. Os outros, elimina-los, afasta-los. Estes não são amigos. Estes são os outros… Categorizas a sociedade em bons e maus; nas pessoas que admiras e naquelas que não gostas. O mundo a preto e branco.

Mas o mundo não é assim. O mundo tem escalas de cinzento e até muitas outras cores. Somente precisamos de gastar alguma energia, sair da inércia e da procrastinação e tomar as rédeas, o controlo da única coisa que podes controlar: tu próprio.

Este comportamento humano é generalizado a todos nós. O nosso cérebro tem um funcionamento que rege os nossos comportamentos automatizados, hábitos enraizados que nos impede de alterar as nossas ações quotidianas, o rumo da nossa vida. Na maior parte do tempo, não somos racionais, porque somos regidos por tais automatismos, pelo que mudar é renunciar a hábitos e isso é incómodo, muito desagradável. A neurociência explica muito bem estes fenómenos e é importante que os entendamos para poder agir sobre eles.

As linhas de código de programação inscritas no nosso cérebro condicionam os nossos hábitos. Nascemos e fomos crescendo entre outros seres humanos também eles programados com hábitos ancestrais e profundamente gravados, muitas vezes encriptados. E assim perpetuamos, de geração em geração, as mesmas linhas de código, porque não houve quem nos dissesse que seria possível desprogramar.

Existe então um “botão on/off” da mudança dos nossos hábitos? Se colocarmos o foco no que muda os nossos hábitos, podemos então vislumbrar a possibilidade de alterar os nossos comportamentos perante nós e os outros? Sim e isto significa que podemos modificar o processo de tomada de decisões situado no córtex pré-frontal do nosso cérebro, responsável pelas nossas escolhas e as nossas decisões. Tal como podemos anular as instruções fornecidas a uma máquina para um procedimento automático, assim podemos agir sobre o nosso cérebro.

Podemos finalmente parar de culpabilizar os outros, o governo, o chefe, a esposa, o marido, os filhos, os professores, os alunos, os pais, o mundo pela nossa incapacidade de mudar. Basta desprogramar, desestabilizando o nosso mecanismo de repetição e reescrever novas linhas de código para criar uma nova programação.

É fácil? Não! É extremamente difícil, mas o processo de saída da zona de conforto em direção à nossa transformação interior, ao nosso pensamento são e positivo vale todo o esforço, o dispêndio de todas as energias, porque sairemos da ignorância, abandonamos falsas crenças, preconceitos e paramos de julgar. Esta é a nossa maior e melhor recompensa! Queremos paz. Queremos diminuir o conflito.

A promoção da mudança começa em nós próprios. A nossa educação, por mais e melhor intencionada que tenha sido, foi incorretamente programada. Cabe a cada um de nós mergulhar nas águas mais profundas do nosso cérebro, munidos de todos os utensílios (vontade, ânimo, motivação, energia, persistência, coragem) para iniciar o nosso árduo trabalho de desprogramação para, de uma vez por todas, gerarmos um novo ser em nós: nós próprios.