Há dois anos o Real Madrid e o Atlético de Madrid vieram a Lisboa disputar a final da Liga dos Campeões (LC) no Estádio da Luz. A vitória sorriu para os merengues (4-1 após prolongamento) com Cristiano Ronaldo e companhia a celebrarem “la décima” da sua história. Duas épocas depois, voltam a defrontar-se no próximo sábado mas no Estádio Giuseppe Meazza do AC MIlan. O segundo e terceiro classificado da liga espanhola vão ter alguns repetentes da final de 2013/14, e outros tantos que já não moram lá. O Atlético, liderado por Diego Simeone, quer vingar-se da final perdida, e o Real, que depois de Carlo Ancelotti e Rafa Benítez, tem a antiga lenda merengue Zinedine Zidane a querer dar ao seu clube a décima primeira LC.
Do Real, o “ausente” mais sonante é o agora guarda-redes do FC Porto, Iker Casillas, que no verão passado deixou o clube onde se formou – e em que conquistou três LC, um Mundial de clubes, duas Taças intercontinentais, duas Supertaças Europeias, cinco Ligas espanholas, duas Taças do Rei e quatro Supertaças de Espanha – para rumar a Portugal. Ángel Di Maria é outro dos nomes que não vai estar a jogar na final em Itália. Depois de uma época 2014/15 fracassada no Manchester United, transferiu-se por 75 milhões de euros para o Paris Saint-Germain – eliminado pelo Manchester City na liga milionária (2-3 no conjunto das duas mãos) deste ano – para voltar a arrancar grandes exibições. Só que vai ter de esperar por uma nova oportunidade de pisar uma final europeia. Do onze que jogou em Lisboa há mais dois jogadores que já não vestem a camisola dos merengues: Sami Khedira. Joga na Juventus, onde se sagrou este ano pentacampeã, ao lado de Álvaro Morata, outro ex-madridista, que chegou a entrar na partida de há dois anos aos 79’ para o lugar de Karim Benzema. Por último, Fábio Coentrão, que este ano por lesão não vai jogar no Euro’16 pela seleção das quinas, e agora joga no Mónaco liderado por Leonardo Jardim, também não estará presente no Giuseppe Meazza.
Já Ronaldo, um mais que óbvio repetente no onze do Real, disse que este “será o jogo da vida” dele e dos seus colegas, e vai procurar voltar a marcar para igualar os 17 golos que marcou na LC há duas épocas, o recorde da competição.
Do lado do Atlético, há também jogadores que não vão jogar em Itália. No lugar de Thibaut Courtois (agora no Chelsea) estará o ex-jogador do Benfica Jan Oblak, mas a maior alteração (e talvez mais surpreendente), é no ataque: Diego Costa e David Villa por Antoine Griezmann e Fernando Torres. Costa, que tal como Coentrão, não estará no Euro’16 (mas porque Del Bosque não o chamou), também está no Chelsea, e Villa decidiu ir para o New York City FC nos Estados Unidos da América.
A nova dupla de ataque que chegou na época passada vai tentar fazer melhor que a anterior, que não marcou golos. Teve de ser o central Diego Godín a abrir o marcador aos 36’. “Foi muito duro a final em Lisboa”, disse o uruguaio ao diário espanhol “Marca”, que garantiu, porém, que a sua equipa mantém o sonho vivo de conquistar este troféu.
Do onze que jogou na capital portuguesa – Gabi, Filipe Luís, Koke, Juanfran, além de Godin –, Tiago poderá repetir a presença na final, já que regressou de um longo período de lesão.