Varela tinha chegado ao BdP em setembro de 2014 com a missão de melhorar a supervisão feita aos bancos. Foi nomeado por Maria Luís Albuquerque no rescaldo da queda do BES e sobre si pesava a expectativa de evitar um novo caso como o do Espírito Santo. Quando tomou posse, Maria Luís não poupou o seu antecessor. “Face aos desafios que o Banco de Portugal enfrenta, é fundamental o reforço das competências nas áreas mais críticas de actuação", dizia a então ministra das Finanças, que considerava Varela “uma pessoa bem preparada”.
{relacionados}
No currículo de António Varela estava já outra nomeação feita por Vítor Gaspar, quando Maria Luís era secretária de Estado das Finanças: para a administração do Banif de onde saiu para o órgão regulador. Foi escolhido para representar o Estado na administração do banco depois da injecção de 1,1 mil milhões de euros em 2013.
Quando em dezembro de 2015 foi decidida a resolução do Banco do Funchal, saiu da sala para não participar na votação sobre uma instituição na qual tinha estado como administrador, alegando “ser depositante do Banif e detentor de valores mobiliários por este emitidos".