Durante um ano e meio, a Polícia Judiciária (PJ) investigou o grupo de alegados burlões: 11 homens e dois mulheres, com idades entre os 31 e os 69 anos. Na operação desencadeada esta semana foram realizadas “quarenta e uma buscas” e foram “apreendidas dezassete viaturas automóveis, cerca de nove mil euros em dinheiro, noventa e três computadores e telemóveis, uma arma de fogo” além de “uma grande quantidade de documentação” que, segundo a PJ, servem de prova de que os crimes foram cometidos.
Nalguns casos, os elementos falsificavam a sua identidade para contrair créditos junto destas instituições. Noutros casos, pagavam “a terceiros” para que lhes fossem cedidos os seus dados pessoais dos cúmplices e para, “de forma fraudulenta”, conseguirem que lhes fossem atribuídos os créditos.
Com esse dinheiro eram feita “aquisições” que “incidiam sobre bens móveis, especialmente viaturas, computadores e telemóveis, mas, também, sobre imóveis, acabando por lesar as entidades financeiras e, igualmente, terceiros de boa-fé que posteriormente os adquirissem”, refere a PJ em comunicado.
Além desses créditos obtidos de forma ilegal, o grupo também negociava carros roubados. “Com este modo de atuação, os autores conseguiram recolher e distribuir por si, globalmente, montantes que ascendem a várias centenas de milhares de euros”, refere a PJ.
Os 13 suspeitos vão ser presentes hoje a tribunal para que lhes sejam aplicadas as medidas de coação.