Na semana passada tiveram lugar violentos confrontos contra a lei El Khomri que flexibiliza a lei do trabalho com vista a facilitar a contratação de trabalhadores. A ministra do Trabalho, Myriam El Khomri, tem tentado, a par com o ministro da Economia, Emmanuel Macron, fazer a ponte entre a ideologia de esquerda e criação de emprego.
A esquerda francesa encontra-se numa verdadeira encruzilhada. Um verdadeiro labirinto cuja principal vítima tem sido o próprio François Hollande. Este tem tentado juntar as pontas cada vez mais distantes que fracturam o PSF e garantir condições que lhe permitam a reeleição em 2017. Além disso, tem tentado utilizar as novas estrelas do PSF, esperando que estas também se extingam perante a realidade económica. Foi assim com Montebourg, Hamon, Peillon, que se afastaram, e também com Valls e o fenómeno que é Emmanuel Macron.
Mas até para um presidente francês a habilidade política tem limites. É que Macron, criou em Abril o movimento “En marche”, que muitos veem como uma plataforma para a sua candidatura presidencial. As últimas sondagens são prometedoras e o futuro nos dirá se o verdadeiro legado de Hollande não será alguém capaz de virar o jogo contra ele.
Advogado