Depois de quase um ano à espera, não consigo esconder alguma frustração em relação ao tão aguardado primeiro episódio da sexta temporada da “Guerra dos Tronos”, que foi para o ar esta segunda-feira no canal Syfy.
Desilusão porque a espera foi demasiado longa, a expectativa era muito alta e, no final, soube a pouco. E soube a pouco porque os produtores da série mais mediática da HBO nos habituaram “mal”.
São raros os episódios que não são intensos e com viragens inesperadas. Mais do que não haver grandes surpresas – a única “revelação” apareceu só mesmo no fim com Melisandre – a intensidade deste primeiro episódio ficou um pouco aquém do que estávamos acostumados.
É verdade que matámos saudades da incrível Daenerys Targaryen e do pequeno-grande Tyrion; ficámos a saber que Sansa Stark conseguiu mesmo fugir do terrível Ramsay Bolton, enquanto a irmã Arya continua perdida em Braavos; e que Cersei e Jaime Lannister se reencontraram finalmente. Mas como os seguidores da série bem sabem, num instante tudo pode mudar.
Esta é de facto uma das marcas desta série baseada nos livros “As Crónicas de Gelo e Fogo”, de George R.R Martin. Tudo mas mesmo tudo pode acontecer. E no caso da sexta temporada ainda mais. Porque pela primeira vez, a série apanhou o fim da história escrita e Martin ainda não acabou a tempo desta nova temporada o “The Winds of Winter”.
O autor atrasou-se e não se sabe ainda quando é que o sexto livro da saga será publicado – em Portugal, a editora Saída de Emergência divide os cinco capítulos existentes em dez livros.
Mas voltando ao episódio de segunda-feira, John Snow continua morto na Muralha da Patrulha da Noite – há quem diga que ele ainda poderá voltar para gáudio do público feminino (e não só) mas tudo não passa de mais uma especulação – e ainda não foi desta que voltámos a ver Bran Stark, outro dos pequenos heróis da série que saiu de cena na quarta temporada.
Vários atores daquela que é hoje uma das produções mais caras da televisão, além da mais pirateada e da mais vista, garantem que esta sexta temporada será a melhor de sempre. A avaliar pelo orçamento (dez milhões de dólares por episódio), podemos imaginar.
Mas o que ficou no final deste primeiro episódio foi, mais uma vez, a vontade de ver rapidamente o próximo. É sempre assim. No final de cada episódio de uma série desta qualidade, como a crítica comprova, ficamos sempre com esta sensação e queremos rapidamente que a semana passe para ver o que aí vem.
Claro que temos sempre a opção de não ver nenhum episódio para depois fazermos uma maratona e ver tudo de seguida, mas a verdade é que a série é demasiado boa para ficarmos várias semanas a “ressacar” das histórias dos Sete Reinos.