A indicação foi confirmada pelo Negócios depois de o presidente da República ter revelado, numa visita ao Parlamento Europeu, que um eurodeputado iria ocupar um lugar de topo no sistema financeiro em Portugal. A administração do regulador bancário vai também contar com a entrada de Luís Máximo dos Santos, o presidente do BES – a instituição que ficou com os ativos problemáticos do antigo banco de Ricardo Salgado.
Num encontro com os eurodeputados em Estrasburgo, Marcelo Rebelo de Sousa referiu: "Estava eu a falar de instituições financeiras e acontece, quem sabe, se não haverá aqui perdas – relativas, porque há enriquecimento noutras áreas – de quem, em qualquer caso, tem uma posição muito útil para continuar a fazer a ponte com as instituições europeias no domínio financeiro".
O atual conselho de administração do BdP é composto pelo governador Carlos Costa, pelos dois vice-governadores Pedro Duarte Neves e José Ramalho, e pelos administradores Amaral Tomaz e Hélder Rosalino.
A administração do BdP terá de sofrer várias alterações este ano. Está por colmatar a saída de António Varela, que renunciou em Março às suas funções. Além disso, o vice-governador Pedro Duarte Neves terá de sair do cargo, já que está atinge este ano o limite de mandatos.