Moções ao Congresso defendem primárias no PSD

Moções ao Congresso defendem primárias no PSD


A eleição de António Costa como líder do PS através de eleições primárias abertas a todos os militantes e simpatizantes socialistas foi um marco em Portugal. Foi a primeira vez que este método foi usado e na altura houve quem no PSD visse nesta nova forma de escolher uma liderança uma ideia para aproximar eleitos…


Agora, há três moções que serão debatidas no Congresso do PSD em Espinho, neste fim-de-semana, que fazem essa mesma proposta: a de mudar os estatutos do partido para que as primárias possam vir a ser a forma de eleger os líderes sociais-democratas.

As moções que pedem a realização de eleições primárias são a da JSD, a da distrital de Leiria e a de Ricardo João Barata Pereira Alves.

“Os militantes do PSD devem ter um papel cada vez mais decisivo na escolha dos seus próprios candidatos aos diversos órgãos, para além de ser importante também promover uma maior identificação dos militantes com os próprios candidatos do PSD”, lê-se na moção subscrita pela distrital de Leiria, onde se explica que “de acordo com o que vai sucedendo noutros sistemas político-partidários no espaço internacional, deve o PSD avançar para novos modelos de escolha dos seus candidatos em que os militantes”.

A moção deixa, porém, em aberto quem poderá vir ou não a votar nessas eleições, não determinando se devem ficar reservadas apenas a militantes ou abertas a simpatizantes como aconteceu nas primárias que fizeram António Costa tirar a liderança a António José Seguro no PS. “A realização de eleições primárias para a escolha dos candidatos deve ser um caminho a aprofundar neste desiderato de aumentar e motivar o envolvimento dos militantes na vida interna do PSD, bem como a definição do universo de participantes nesse processo”, dizem os leirienses.

“Os partidos políticos não podem deixar de reconhecer a necessidade de mudar as formas como envolvem os cidadãos, e nessa medida, defendemos a realização de eleições primárias para a escolha do seu candidato a Primeiro-Ministro e do sistema de voto preferencial nas eleições legislativas”, lê-se na proposta temática da JSD

“Neste sentido defendemos que a escolha dos candidatos a primeiro-ministro deve sair dos círculos restritos atuais e extravasar para a sociedade, permitindo que todos os portugueses militantes e simpatizantes emitam a sua opinião”, defendem os militantes da JSD, que também gostavam que o voto para as legislativas passasse a ser preferencial. Ou seja, que os eleitores pudessem votar nos deputados de cada lista pela ordem em que os preferem em vez de votarem num partido sem saber a quem estão a atribuir o mandato.